Empresas com apoio à retoma caem quase 60% em Setembro para 2.168
O número de empresas a beneficiar do apoio à retoma está em queda há cinco meses e em setembro caiu quase 60% face a agosto, para 2.168, revelam as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social.
Também o número de trabalhadores abrangidos pelo apoio extraordinário à retoma progressiva registou uma queda de 59,1% em setembro face ao mês anterior, para 13.816.
Por sua vez, o valor pago às empresas caiu 58,2%, totalizando 6,54 milhões de euros em setembro.
Os dados disponibilizados mostram ainda que o número de empresas abrangidas pelo apoio à retoma progressiva está em queda desde abril, mês em que a medida abrangia 27.939 empresas e 190.547 trabalhadores.
Desde o início do ano, foram abrangidas pelo apoio à retoma mais de 40 mil empresas e cerca de 295 mil trabalhadores, a que corresponde o montante global de 443,7 milhões de euros de euros pagos.
Em agosto, foi publicado um decreto-lei que mantém em vigor o apoio à retoma até ao final do mês em que vigorem restrições à atividade associadas à pandemia.
O apoio extraordinário à retoma progressiva é uma medida adotada pelo Governo para mitigar o impacto da pandemia de covid-19 e destina-se às empresas com uma quebra de faturação igual ou superior a 25%, permitindo reduzir o horário dos trabalhadores.
A partir de outubro, as empresas que acederem ao apoio passam a estar impedidas de proceder a despedimentos no prazo de 90 dias após a cessação do apoio (contra os anteriores 60 dias).
Os dados da Segurança Social mostram ainda que o número de empresas em 'lay-off' simplificado ascendia a 171 em setembro, menos de metade do verificado em agosto, quando 400 empresas estavam abrangidas.
O número de trabalhadores em 'lay-off' simplificado caiu 52% face ao mês anterior, para 707 em setembro.
O setor do alojamento, restauração e similares foi o que mais beneficiou da medida.
De janeiro a setembro, mais de 57 mil empresas e 300 mil trabalhadores estiveram em 'lay-off' simplificado, tendo sido pagos 356,5 milhões de euros às entidades empregadoras nesse período.