"Nenhuma chantagem foi feita pela Coligação Funchal Sempre à Frente"
Reacção da Coligação Funchal Sempre à Frente à suspensão da tomada de posse da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior
A Coligação 'Funchal Sempre à Frente' reagiu, em comunicado, à suspensão da tomada de posse da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior.
"A
Coligação Funchal Sempre à Frente lamenta que o Partido Socialista e a
Coligação que encabeçou à Câmara Municipal do Funchal, sendo incapaz de
assegurar o voto dos membros que foram eleitos nas suas próprias listas, tente
criar “cortinas de fumo” para disfarçar dissidências e divergências
internas", começa por adiantar o comunicado enviado à comunicação social.
"Os resultados eleitorais do pretérito dia 26 de setembro determinaram que, na
Assembleia de Freguesia de Santa Maria Maior, a Coligação Confiança, composta
por vários partidos (entre outros, o PS, o BE e o PAN), obtivesse 7 dos 13 lugares
e a Coligação Funchal Sempre à Frente (PSD/CDS-PP) obtivesse 6 dos 13 lugares.
A Coligação Funchal Sempre à Frente, como tal, não tem que viabilizar nem
assegurar os compromissos e os projetos dos seus adversários e, muito menos,
legitimar com o seu voto, soluções que violam a legislação, nomeadamente a lei
da paridade.
Essa manifesta incapacidade em encontrar soluções dentro da coligação que
encabeçou, é a prova que o Partido Socialista não merece a confiança dos
Funchalenses e não tem capacidade para liderar a Junta de Freguesia, como se
constata pela sucessão de trapalhadas que se verificou no ato de posse,
provocadas única e exclusivamente por culpa dos próprios.
Apresentada uma lista única para a Junta de Freguesia (da Coligação Confiança),
esta não logrou obter a maioria dos votos, sendo que recebeu 6 votos a favor, 6
votos contra, e um voto branco, daqui resultando que um dos membros eleitos
pela Coligação Confiança não deu o seu voto de confiança a essa lista.
Não deixa de ser assaz perturbador de como a Coligação Confiança, que não sabe
honrar os seus próprios compromissos e promessas aos membros da sua própria
lista de candidatos, queira culpar a Coligação Funchal Sempre à Frente
(PSD/CDS-PP) do seu próprio falhanço.
Refira-se que nenhuma chantagem foi feita pela Coligação Funchal Sempre à
Frente, como foi publicamente afirmado pelo presidente da concelhia do PS
Funchal, Gonçalo Jardim, antes tendo sido apresentada uma proposta de
acordo pela Coligação Funchal Sempre à Frente, para que se chegasse a consensos
e, assim, se terminasse com a teimosia de um dos membros da própria lista da
Coligação Confiança em não viabilizar a lista por esta apresentada para a Junta
de Freguesia.
Por outro lado, na informação pública hoje veiculada, é referido que o PS
apresenta uma solução de executivo para a Junta de Santa Maria Maior com o PAN,
resultado da intransigência do Bloco de Esquerda (BE) em fazer parte da equipa
da junta com um determinado elemento, o que levaria ao incumprimento da Lei da
Paridade.
Cumpre referir que a Coligação Funchal Sempre à Frente não pactuará com nenhuma
ilegalidade, sendo que qualquer solução para a Junta que não respeite a lei da
paridade, mesmo que deliberada por maioria, é nula (nos casos em que a
observância da lei seja praticável), uma vez que esta lei aplica-se às listas
que forem apresentadas para eleição dos vogais das juntas de freguesia."