Coronavírus Madeira

“Nas discotecas é obrigatório usar máscara? Não”, diz Albuquerque

Apesar de admitir que as medidas decretadas não são perfeitas o governo garante que não vai alterar nada

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O Governo Regional reconhece que estar vacinado contra a covid-19 dá muito mais garantias do que fazer o teste antigénio de despiste da doença, mas mesmo assim não admite vir a reajustar as medidas decretadas no final da última semana e permitir que nos eventos culturais e desportivos, e mesmo noutros em recinto fechado com mais de 100 pessoas, ou no exterior, com mais de 500 pessoas, apenas seja obrigatório submeter a teste antigénio quem não estiver vacinado ou recuperado da doença, condições estas obrigatórias para entrar nas discotecas.

Confrontado com a alegada incoerência, Miguel Albuquerque respondeu: “Pode ter essa equação, mas neste momento, não sendo normas perfeitas, são as que estão em vigor e nós aceitamos as críticas, mas não vamos alterar nada”.

Antes, o líder madeirense já havia sido confrontado com a alegada incongruência nestas medidas, inclusive sobre o uso obrigatório da máscara em recintos fechados, excepto nas discotecas.

“Nas discotecas é obrigatório usar máscara? Não, nas discotecas o que é obrigatório é estar vacinado ou estar recuperado”. Esta foi a reacção do presidente do governo regional.

Pedro Ramos, secretário regional da Saúde e Protecção Civil, também presente, acrescentou que “é muito relativo” o uso de máscara nas discotecas. Embora lembre que nos espaços fechados “devemos considerar usar máscara”, no caso das discotecas, por ser local de “actividade” referindo-se à dança e aos ‘copos’, já considerou que “isso passa pelo bom senso dos utilizadores”, alegou. Para Pedro Ramos, mais importante que usar máscara nas discotecas, nesta fase importa mesmo é ‘obrigar’ os jovens não vacinados contra a covid-19 a proteger-se com a vacina “para nós atingirmos rapidamente, o mais brevemente possível, os 85 %” de imunidade entre a população elegível (com 12 e mais anos). Albuquerque, entretanto, procurou justificar a razão de não ser permitido acesso às discotecas com teste prévio anticovid. “Não é preciso [o teste], porque estando vacinado já tem muito mais garantias”, disse. Mas não nega que “se a questão das discotecas levar à vacinação dos mais jovens, seria óptimo”.

Ainda a propósito das criticas surgidas de outros ramos de actividades, o presidente do governo assume a responsabilidade. “Nós aceitamos as críticas, mas não tem nenhum problema porque a nossa prioridade é a segurança”. Diz mesmo que as medidas que vêm sendo tomadas levam também em linha de conta “o princípio da razoabilidade e do bom senso das pessoas”.

Albuquerque considera mesmo “redutor” para as outras actividades onde é obrigatório “teste rápido que não custa nada” exijam a dispensa do teste antigénio a quem se apresentar com certificado de vacinação ou recuperado da doença.

Já em relação às habituais festividades de Natal e Ano Novo, não se compromete para além da expectativa. Para já é tempo de aguardar a ir avaliando a evolução epidemiológica.