O turismo mudou
Não sei se é uma mudança definitiva, mas eu diria que penso que sim, e que em muitos aspectos, espero que sim.
Que espero que o tamanho dos grupos se veja (permanentemente) diminuído. Que a qualidade dos clientes que nos visita seja (permanentemente) maior. Que eles se habituem a (permanentemente) pagar mais pelas suas férias. E que se habituem a (permanentemente) exigir mais dos fornecedores de serviços na área do turismo, e que estes recebam (permanentemente) mais pelos serviços que prestam. O que lhe permitirá melhorar (também permanentemente) os salários de quem trabalha em turismo.
Quereria que quem fornece serviços de turismo se preocupasse em produzir ofertas diversificadas e únicas, e que as pessoas que nos visitem tenham experiências diferentes das de todos os outros lugares que visitaram.
Quereria que os madeirenses não se pusessem a inventar demasiado… porque na verdade não é preciso. Em muitos aspectos, a ilha vende-se por si, e a dificuldade é preservar o que é bom e melhorar o que é menos bom (e mesmo mau, nalguns casos). Infelizmente, ao longo dos últimos anos não se tem vindo a fazer isso, com as maiores alterações a afectar o que era bom, e a nivelar, principalmente, pelo mau.
Era urgente que se desse uma mudança de paradigma. Que se abandonasse o turismo em que os números de visitantes são parangonas, e em que os navios de cruzeiro são reis. Nem um nem o outro interessam à Madeira. O que interessa ao destino é haver menos pessoas a pagar mais, evitando assim todos os malefícios de excesso de pressão turística.
Mas penso que vou esperar sentado… a administração que temos não é dada a mudanças e os madeirenses – aparentemente – não querem mudanças…