Menos quantidade e mais qualidade
Só iremos conseguir, se alguma vez o conseguirmos, dar o "salto" definitivo para a modernidade e para um país civilizado e desenvolvido da Europa, quando deixarmos de apostar sempre e só em mais quantidade e apostarmos em qualidade.
Essencialmente em tudo que é “público", nunca se "quer" fazer melhor com as pessoas necessárias e suficientes. Não. Quer-se fazer pouco, com a evidente baixa produtividade, e com mais gente.
Qualquer Serviço, que esteja a funcionar mal e sempre os que são mais visíveis são na Educação e Saúde, e Forças de Segurança, quando se nota que estão a funcionar "mal", não se analisa, nunca, se têm os chefes indicados e pelo mérito, se "há organização e planeamento". Não. Isso é que menos interessa.
Se funciona mal, evidentemente, a única causa é falta de pessoal e de instalações.
E então, deita-se em cima do que está mal, exactamente mais do que ajuda a ficar pior. Mais gente, mais instalações. Só.
Não se pensa, nunca , em fazer melhor, em pôr fora chefias incapazes que chegam aos lugares "por cunha", em melhorar a forma de tudo fazer, melhor. Programar. Planear. Falar pouco e fazer muito. Não ter que "ter", mas ter que saber "ser".
E aí pagar melhor, melhor aos que de facto são necessários, em vez de" meter" mais gente para a "organização/ desorganizada".
E isto, como está, é defendido pelos Sindicatos, pelas Ordens Profissionais, Deputados, Autoridades, Profissionais de Saúde, Agentes de Autoridade. E uns até fazem greves, para haver mais e mais, e nunca melhor, melhor.
Assim nunca vamos mudar. Assim iremos continuar insistentemente a ser o país mais desenvolvido, mas do Continente Africano.
A. Küttner