“Não vale a pena fazer nada quando os militantes estão contra”
Miguel Albuquerque considera que “não vale a pena fazer nada quando uma parte substancial dos militantes dentro do Partido [PSD] estão contra”. A declaração surge na sequência do Conselho Nacional do PSD ter chumbado o requerimento apresentado pela direcção de Rui Rio para adiar a marcação das eleições directas do partido.
O presidente da Comissão Política dos social-democratas madeirenses entende que pode ser factor de uma “entropia negativa” que pode ser perturbadora ou ser alvo de clivagens: “Portanto, para evitar isso o melhor é dar voz aos militantes”, complementou há instantes na freguesia da Ponta do Pargo onde presidiu, enquanto chefe do Executivo madeirense, à tomada de posse dos novos órgãos autárquicos do município da Calheta, curiosamente um bastião do PSD-M
Ontem, em Lisboa, 71 votos contra, 40 a favor e quatro abstenções decidiram negar a pretensão de Rui Rio que pretendia adiar o acto eleitoral interno para depois da votação do Orçamento do Estado (OE), convicto de que as divergências entre a Esquerda poderão levar a eleições legislativas antecipadas.
Desta forma, irá a votos a proposta inicial da direcção, que sugeria a realização das directas no dia 4 de Dezembro (com eventual segunda volta no dia 11) e o congresso entre 14 e 16 de Janeiro.