Madeira

JSD-Madeira quer Portugal com uma “política interclassista, personalista e não socialista”

“Temos no nosso legado sucessivos exemplos para colocar o nosso país na rota do desenvolvimento”, disse Bruno Miguel Melim ontem à noite no Concelho Nacional do PSD

Foto DR/JDS-Madeira/Arquivo
Foto DR/JDS-Madeira/Arquivo

Bruno Miguel Melim, líder da JSD-Madeira e Deputado na ALRAM interveio esta noite no Conselho Nacional do PSD, que se realizou no Hotel Sana, em Lisboa, defendeu que Portugal devia adoptar uma “política interclassista, personalista e não socialista” tal como ocorre na Região Autónoma.

Num resumo da intervenção do seu líder, a JSD salienta que Bruno Melim "caracterizou a situação económica e social do País como uma 'herança de um país que teve o Partido Socialista a governá-lo em 19 dos últimos 25 anos' em que o 'crescimento da economia foi/é pequeno, os serviços públicos funcionam de forma deficiente que entre comboios que perdem o motor em andamento e doentes oncológicos tratados em contentores, sobra-nos um país com uma carga fiscal alta sobre as famílias, empresas e pequenos empresários'", frisam.

Além disso, acrescentam que na oportunidade, o líder da JSD/Madeira "relembrou o caminho percorrido pelos social-democratas da Madeira referindo que através de uma 'política interclassista, personalista e não socialista' a social-democracia mudou um território, transformou uma cultura provocando uma mudança significativa das mentalidades e oportunidades de todos aqueles que escolheram a minha Região Insular para viver.'", tendo acrescentado que "o País precisa de fazer aquilo que, nas suas palavras, 'a Madeira fez - quebrar com o percurso de dependência e pobreza que, a nível nacional, é patrocinado pelo socialismo'", apontou.

"Como caminho alternativo ao País", o líder da JSD Madeira, "referiu que há bons exemplos nas governações das Regiões Autónomas, elencando algumas medidas levadas a cabo pelos governos regionais moderados pelo PSD na Madeira e nos Açores", exemplifica. “Enquanto no continente, as novas gerações esperam por um equipamento electrónico para acompanhar o ensino à distância prometido pelo Primeiro-ministro há cerca de um ano, na Madeira a governação regional criou vários programas de apoios à classe baixa, classe média e classe alta que, entre outras respostas, prévia a atribuição de um equipamento electrónico a todas as crianças do primeiro escalão da acção social escolar que o requeressem”, atirou.

Mais, referem que Melim "ainda no campo das respostas diferenciadas levadas a cabo pelos governos das Regiões Autónomas, abordou a devolução de rendimentos, desde 2018, com repercussão em todos os escalões de IRS, a aplicação da totalidade do diferencial fiscal às empresas em matéria de IRC e o projecto pioneiro de atribuição de tablets aos jovens do Ensino Secundário".

Terminam, referindo que o seu jovem líder realçou "a necessidade de existir solidariedade nacional nos grandes desafios da Autonomia, nomeadamente em matérias de mobilidade, aprofundamento da Autonomia e em matéria de Lei de Finanças Regionais uma vez que 'para fazermos de Portugal um país mais uno do que unitário, é fundamental criarmos uma estrutura fiscal que aprofunde os poderes da Autonomia, que combata  a postura usurária de uma companhia aérea pública que é expedita a auferir mais de 20 milhões de euros de lucro com uma rota interna cobra 400/500/600 euros, mas esquece-se de cobrir todo o território nacional no Inverno, não tendo qualquer ligação ao Porto Santo'”, lamentou.

Por isso, Bruno Melim "considerou 'inqualificável' que num período de recuperação após uma longa e difícil pandemia o 'Estado' poupe com as Regiões Autónomas transferindo apenas 0,3% do valor total do Orçamento para as Regiões Autónomas, territórios esses que garantem que Portugal tenha uma das maiores zonas económicas exclusivas do mundo".

E concluem com uma citação: "Num tempo em que o País clama por um novo caminho, tanto a nível local, regional e nacional, temos no nosso legado sucessivos exemplos para colocar o nosso país na rota do desenvolvimento demonstrando um caminho alternativo ao triste fado socialista de atraso e subdesenvolvimento.”