Eleições directas marcadas para 4 de Dezembro e Congresso em Janeiro
O Conselho Nacional do PSD aprovou hoje a realização de eleições diretas para 04 de dezembro e o 39.º Congresso para entre 14 e 16 de janeiro, em Lisboa.
Segundo relatos feitos à Lusa, não foi divulgado o número de votos, tendo o calendário sido "aprovado por larga maioria".
Depois de rejeitar uma proposta entregue no início do Conselho Nacional pela direção de Rui Rio para suspender o calendário interno até à votação do Orçamento do Estado, os conselheiros aprovaram a proposta de cronograma inicial, enviada na quarta-feira.
Em declarações aos jornalistas depois da rejeição da proposta, o secretário-geral do PSD, José Silvano, considerou que "o Conselho Nacional entendeu que não era relevante o que vai acontecer na votação do Orçamento do Estado", mas reiterou que, no entendimento da direção, "há uma possibilidade real" de uma crise política.
Questionado sobre que significado poderá ter esta derrota na decisão do atual presidente, Rui Rio, se recandidatar, Silvano remeteu esses esclarecimentos para o próprio, mas sublinhou que "estatutariamente este presidente é líder até 12" de fevereiro do próximo ano.
"Se houver alguma crise política no Orçamento que leve à dissolução da Assembleia, o líder que está eleito até 12 de fevereiro é o atual líder político. É o líder em funções que terá de tomar iniciativas com vista a um processo eleitoral", afirmou, dizendo que pode ser "uma confusão".
A data-limite de pagamento de quotas foi alargada em relação ao cronograma inicial de 08 para 17 de novembro (para os pagamentos por vale postal, de 05 para 15 do mesmo mês) e o prazo para a apresentação de candidaturas termina a 22 de novembro, juntamente com as moções de estratégia global e orçamentos.
Paulo Rangel anunciou hoje, durante o Conselho Nacional, a sua candidatura à liderança do PSD, enquanto Rui Rio ainda não clarificou se se recandidata.
As últimas eleições diretas para eleger o presidente do PSD realizaram-se em janeiro de 2020, com uma inédita segunda volta entre Rui Rio e Luís Montenegro.
Nessa segunda volta, e com um novo regulamento de quotas que causou polémica, dos 40.628 militantes em condições de votar, fizeram-no 32.582, uma taxa de participação de cerca de 80%.