Madeira

Filipe Sousa denuncia “truques nos fundos europeus” que criam “desigualdade gritante”

Além dos “quase oito milhões de euros que estão a roubar a Santa Cruz”

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Filipe Sousa voltou a sair por diversas vezes do discurso escrito, quer para congratular autarcas do JPP, quer para criticar a oposição municipal. Num dos muitos apartes, reconheceu que é teimoso, desobediente, mas também persistente.

Na opinião do presidente que governa o município desde 2013 “Santa Cruz poderia ainda estar a fazer muito mais se o Governo Regional nos pagasse o que deve”. Só neste capítulo apresentou uma factura de “quase oito milhões de euros que estão a roubar a Santa Cruz” com o Parque Empresarial da Cancela e com a (não) devolução do IRS e do IVA. Com os reeleitos presidentes da Câmara de Machico e do Porto Moniz, Ricardo Franco e Emanuel Câmara, também presentes, Filipe Sousa apresentou ainda mais contas. Como “a ausência de contratos-programa e os truques nos fundos europeus” disse, para acusar o Governo Regional de distribuir os fundos com “desigualdade gritante que, mais uma vez, vem prejudicar Santa Cruz”. Concluiu que “felizmente, a população está bem informada e já não se deixa ir na ‘cantiga do bandido’. E foi isso que o resultado destas eleições deixou bem claro”, reforçou.

Por este ser o último mandato de Filipe Sousa na presidência do município, assegurou que “este é também o momento de consolidar o nosso projecto”, prometendo mais quatro anos de trabalho com “verdade e transparência”.

“Vamos fazer mais no social, na reabilitação urbanística, na coesão ambiental, na marca Santa Cruz”, apontou.

Reafirmou que “Santa Cruz não quer ser governada de fora para dentro, mas sim continuar a ser governada de dentro para fora”, convicto que “Santa Cruz tem hoje um rumo e o futuro”, afirmou.