“Santa Cruz tem hoje o que nunca teve”
Filipe Sousa tomou posse em Santa Cruz sem a presença do Governo Regional e com muitas críticas à oposição local e ao poder regional
“Santa Cruz tem hoje o que nunca teve”, disse e repetiu Filipe Sousa, o reeleito presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz no primeiro discurso do novo mandato, o terceiro consecutivo.
Segundo o autarca do JPP, Santa Cruz tem agora “solidez financeira, margem para investimento, um programa de desenvolvimento sustentado em quatro eixos: Coesão Social, Sustentabilidade Ambiental, Coesão Territorial e a Marca Santa Cruz”.
Antes havia denunciado que a campanha das Autárquicas “se pautou pela desinformação, pela mentira e pela negação sistemática de factos que estavam à vista de todos”. Ainda chegou a afirmar que hoje tinha decidido “não falar do passado”. Mas do passado anterior a 2013, por entender que “finalmente Santa Cruz tem um presente e um futuro que fala mais alto do que qualquer passado, por muito mau que ele tenha sido. E foi”, disse.
Por recusar comparar o incomparável, optou por esmiuçar um rol de números para mostrar que Santa Cruz tem hoje o que nunca teve, dirigidos em particular aos “negacionistas de serviço”, numa clara alusão à oposição. Debruçou-se na política “que muitos chamaram, no decorrer da campanha, de minimalista, que fez a diferença na vida de muita gente”, apontou.
Filipe Sousa não deixou de acusar os adversários que “mentiram descaradamente”, para de imediato regozijar-se: “Felizmente o povo deu a resposta”. Mas não se ficou por aqui.
“Fizeram ainda mais do que mentir, tentaram confundir as pessoas, misturando competências, culpando a Câmara por políticas falhadas do Governo, como o combate ao desemprego, o apoio ao tecido empresarial, e as obras estruturais nas escolas. Tudo competências do Governo, mas não tiveram a vergonha e a decência de falar a verdade e de dizer, com honestidade, o que cabe a uma Câmara fazer e o que cabe a um Governo cumprir, preferiram optar pela mentira, pelo ilusionismo político, cavalgando as suas próprias falhas num comportamento eticamente reprovável de atribuir culpas aos outros do que foram incapazes de resolver”, criticou.