“Cerimónia constitui uma importante afirmação de maioridade cívica"
Júlia Caré, presidente da Assembleia Municipal de Santa Cruz
“Quando nos aproximamos da comemoração de meio século de democracia no nosso país, esta singela cerimónia constitui uma importante afirmação de maioridade cívica, um digno exemplo de responsabilidade colectiva e um exercício pedagógico de cidadania”, diz Júlia Caré, a presidente ‘reeleita’ à Assembleia Municipal de Santa Cruz, por ocasião da cerimónia de instalação dos órgãos municipais de Santa Cruz – Assembleia e Câmara Municipal. A provável presidente do órgão deliberativo no mandato que hoje inicia, reforça que esta cerimónia “resulta da vontade popular dos cidadãos e das cidadãs de Santa Cruz, expressa em consciência e liberdade nas urnas”.
Júlia Caré, eleita pelo JPP para segundo mandato, sustenta que esta cerimónia protocolar resulta também do “compromisso cívico e político de promoção do desenvolvimento do território de Santa Cruz, e da construção de bem sentir, viver e estar das suas gentes, partindo da escuta atenta das pessoas, para uma melhor resolução de problemas e desafios”, disse.
Aproveitou a ocasião para manifestar “a todos é devido o justo reconhecimento pelo empenho demonstrado na disputa eleitoral, essencial à democracia”.
Deixou também um apelo a todos os eleitos e demais candidatos. “Que se saiba capitalizar a diversidade que nos caracteriza, e retirar do saudável confronto de ideias e naturais diferenças políticas – a alma da democracia, - a melhor solução para, no âmbito da autonomia e abrangência do poder local, e com os meios disponibilizados, sempre limitados e escassos, atender à complexidade dos problemas das nossas gentes e do nosso tempo. É esse nobre compromisso que as cidadãs e os cidadãos de Santa Cruz esperam de nós”, sublinhou.
Por último, um alerta: “Há uma realidade que não podemos ignorar: são várias as ameaças que se colocam à democracia: crescem extremismos, intolerâncias, discurso de ódio… Constata-se algum cansaço, desilusão, desinteresse pela participação na ‘res publica´… Os números da abstenção falam por si. A democracia não é imune ao erro e à imperfeição que formata a acção humana… Mas é o sistema político que tem pugnado pela conquista de direitos, respeito e dignidade dos povos e que assenta na soberania popular expressa no princípio, um cidadão, um voto”, concretizou.