Proposta de Orçamento do Estado para 2022
Na proposta de Orçamento do Estado para 2022, o governo
tem de ter em linha de conta as suas próprias previsões: O PIB
crescerá e, em 2022, o défice diminuirá. Assim, há margem orçamental, dizem os economistas que se cifra em mais de 2 mil milhões de euros, para poder responder à maioria, os trabalhadores.
É um insulto querer subir os salários da Função Pública(FP), nuns miseráveis 0,9%(!). Esta percentagem dos vencimentos da FP serve de bitola ao sector
social e à iniciativa privada para calibrar os ordenados aos seus empregados.
O governo enche a boca, que é preciso combater a pobreza, devendo saber que há milhares de trabalhadores que apesar de trabalharem são pobres!
As alterações às leis do Código do Trabalho são um imperativo, porque estão grosseira e ostensivamente desequilibradas a favor dos patrões. Ninguém
acredite que a economia crescerá e o país avance pagando salários na base do ordenado mínimo nacional... A justiça social tem de ser inscrita no OE2022.
Os impostos que pagamos nos combustíveis, que aumentam o custo de vida, e é debitada na factura da electricidade, são injustos e altíssimos.
Não esquecer que as medidas aprovadas, à esquerda, no OE2021 foram residualmente concretizadas(!). Ainda não há escrutínio oficial sobre a execução orçamental, porquê? Este ministro das Finanças tem sido um infeliz seguidor do ministro anterior, Mário Centeno, o denominado, «Sem-tino».
Caso o executivo não responda a todas estas situações, e se o BE,
o PCP e o PEV viabilizarem o OE2022, descredibilizam-se. Irremediavelmente!
Vítor Colaço Santos