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Seis brasileiros detidos numa investigação de quadruplo homicídio no Paraguai

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Seis brasileiros foram presos, esta segunda-feira, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, numa investigação sobre o assassínio de quatro pessoas no sábado na mesma cidade e que teve entre as vítimas a filha do governador do estado paraguaio de Amambay.

As prisões foram feitas durante buscas numa casa localizada na fronteira com o Brasil, anunciaram porta-vozes da polícia paraguaia.

Segundo os 'media' brasileiros, também foram apreendidos na mesma operação três carros com documentos brasileiros referentes a outros três automóveis, telemóveis, jóias e um recipiente com 74 gramas de canábis.

As autoridades paraguaias informaram que na noite passada foi encontrada uma carrinha incinerada que pode ter sido utilizada pelos autores do atentado com arma de fogo em que morreram, além da filha do governador paraguaio Ronald Acevedo, Haylee Carolina Acevedo Yunis, dois outros jovens de nacionalidade brasileira e um homem chamado Osmar Alvarez que seria o alvo dos criminosos.

A polícia paraguaia admite, entre outras hipóteses, que o crime foi um acerto de contas entre grupos de narcotraficantes e que Osmar Alvarez seria o alvo do ataque.

O governador do estado de Amambay, do Partido Liberal, criticou hoje o Governo central paraguaio chefiado por Mario Abdo Benítez, do Partido Colorado, e o ministro do Interior, Arnaldo Giuzzio, diante dos repetidos episódios de violência naquela região.

Ronald Acevedo também acusou o Governo do Paraguai de ter perdido credibilidade e de estar mais preocupado, após o quádruplo homicídio, com as eleições autárquicas que se realizaram no país no domingo.

O irmão do governador, José Carlos Acevedo, também liberal, foi reeleito prefeito de Pedro Juan Caballero.

Outro irmão de ambos, o senador Robert Acevedo, já havia sofrido um atentado em 2010 do qual escapou ileso.

Pedro Juan Caballero faz parte da fronteira tripla, compartilhada por Paraguai, Brasil e Argentina, e uma das cidades onde atua o Primeiro Comando da Capital (PCC), maior grupo criminoso brasileiro.