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Polícia britânica não tomará medidas adicionais em investigação contra o príncipe André

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A polícia britânica anunciou hoje que não tomará medidas adicionais após analisar a acusação de agressão sexual contra o príncipe André, alvo de uma queixa relacionada com a investigação dos crimes sexuais cometidos por Jeffrey Epstein nos EUA.

"Os agentes da polícia metropolitana tomaram conhecimento de um documento divulgado em agosto de 2021 como parte de uma ação civil dos Estados Unidos. Esta revisão foi concluída e não estamos a tomar nenhuma ação adicional", disse a Scotland Yard no domingo.

Neste caso muito embaraçoso para a família real britânica, o filho da rainha Isabel II foi acusado de agressão sexual por uma norte-americana, Virginia Giuffre, de 38 anos, que apresentou uma queixa em agosto no tribunal de Manhattan, nos Estados Unidos.

Virginia Giuffre afirma que o príncipe André era "um dos homens poderosos" a quem foi "entregue para fins sexuais" entre 2000 e 2002, a partir dos seus 16 anos, no âmbito de rede de tráfico sexual que era comandada por Jeffrey Epstein, que foi condenado pelo crime de tráfico sexual de menores e se suicidou numa prisão de Manhattan em 2019.

Em agosto, a chefe da polícia de Londres, Cressida Dick, pediu que sua equipa reavaliasse o caso.

A polícia britânica também confirmou que concluiu a investigação das acusações de tráfico e maus-tratos de mulheres e jovens menores de idade contra a britânica Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Jeffrey Epstein. Essas acusações foram divulgadas em junho pelo canal de televisão britânico Channel 4 News.

"Também revimos as informações fornecidas por uma organização de comunicação social em junho de 2021. Esta revisão foi concluída e nenhuma ação adicional será tomada", disse a polícia, sem fornecer maiores detalhes.

O príncipe Andrew é acusado de ter "agredido sexualmente" Virginia Giuffre, então menor, em três ocasiões: em Londres, na casa de Ghislaine Maxwell, e nas propriedades de Jeffrey Epstein em Nova Iorque e nas Ilhas Virgens.

O duque de York, de 61 anos, negou "categoricamente" tais acusações numa entrevista à BBC em novembro de 2019, na qual não expressou arrependimento pela sua amizade com Epstein ou a menor empatia pelas vítimas do norte-americano.

Apesar de negar qualquer envolvimento no caso, a sua associação com o empresário norte-americano acabou por provocar uma grande turbulência, o que o levou a retirar-se da vida pública.