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Presidente brasileiro questiona exigência de vacina nos estádios

Foto EPA/JOEDSON ALVES
Foto EPA/JOEDSON ALVES

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, questionou este domingo a exigência de um "passaporte de vacina" contra a covid-19 em estádios, após não ter podido assistir a um jogo de futebol, por não estar vacinado.

Numa declaração a jornalistas, o chefe de Estado brasileiro disse que queria ter ido assistir a um jogo do campeonato brasileiro na cidade de Santos, mas não o fez porque não está vacinado.

"Porquê um passaporte de vacina? Eu queria ver o jogo do Santos. Agora me falaram que tem que estar vacinado. Porquê?", questionou.

O Presidente disse ainda que não tinha pedido para ir ver o jogo.

Bolsonaro está atualmente a ser investigado pelo Senado brasileiro pela sua gestão durante a pandemia de covid-19 no Brasil, um dos países mais afetados no mundo pela doença, com mais de 600 mil mortes confirmadas, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde brasileiro.

O chefe de Estado brasileiro, que já foi infetado pelo novo coronavírus, tem repetido que quer ser o último brasileiro a ser vacinado.

Esta semana, as autoridades permitiram aos clubes preencher 30% dos lugares disponíveis nos jogos do campeonato brasileiro.

O protocolo acordado pela confederação brasileira de futebol diz que todas as pessoas dentro dos estádios devem estar vacinadas e ter sido recentemente testadas à covid-19.

De acordo com dados oficiais, 46,3% dos 213 milhões de brasileiros estão já totalmente vacinados, enquanto 70% receberam a primeira dose.

Graças às vacinas, segundo o próprio Ministério da Saúde, a situação sanitária melhorou em todo o país e já existem casos, como o do estado central de Goiás, que não registou uma única morte nas últimas 48 horas.

A covid-19 provocou pelo menos 4.843.739 mortes em todo o mundo, entre mais de 237,46 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.