Como está o PS-M?
Em que pé se encontra o PS-M neste momento e a 2 anos das eleições regionais? Têm um líder efetivo e não precisa haver novo congresso? Têm um líder demissionário e precisam marcar urgentemente novas eleições? Não tem líder e é necessário e urgente eleger um novo líder? É bom que Paulo Cafôfo ou o secretariado do partido esclareça a população sob pena do partido ficar num “nim” e deixarem, à vontade, o PSD-M se eternizar no poder o que significa o regime mais atípico da história, equivalente ao tempo da monarquia ou da ditadura mais repressiva. Paulo Cafôfo errou anunciando a sua demissão na noite das eleições obedecendo ao estado emocional e ao politicamente correto. É ai que reside a diferença, pois não se viu demissões no PSD-M quando perdeu 7 Câmaras e várias Juntas de Freguesia em 2013. Agora tem a suprema obrigação de definir a situação e deixar que o PS-M defina o seu rumo sob pena de arrasar o partido e delapidar todo o capital político que trouxe ao PS-M. Andar com avanços e recuos só irá descredibilizar a sua imagem pública e do partido. Não convenceu ninguém com o argumento que perdeu as eleições autárquicas devido à boa gestão da pandemia pelo Governo Regional, pois qualquer Governo na Madeira faria o mesmo, bastou apenas fechar o Porto ao turismo e o aeroporto aos visitantes e a situação pandémica ficou perfeitamente controlada. O mal foi outro, foi marginalizar a estrutura interna do partido substituindo-a pelos novos apoiantes. Ficou deslumbrado, ofuscou a imagem pública e deitou a perder o bom trabalho que tinha contabilizado em 2013 e continuou até à sua saída extemporânea da CMF em 2018. Desculpem a analogia com uma equipa de futebol mas nenhum treinador substitui a espinha dorsal da equipa para colocar em campo uma equipa completamente nova e sem experiência no terreno. O mesmo erro cometeu Miguel Silva Gouveia na CMF ao substituir todos os vereadores com experiência e afastar os apoiantes mais próximos, por uma equipa completamente renovada e desconhecida dos funchalenses que preferiram (embora mal) uma equipa com caras sobejamente conhecidas das lides políticas e económicas na Região. Agora não vale a pena “chorar sobre o leite derramado” é urgente clarificar a situação política do PS-M sob pena do partido voltar a 2015 quando tinha apenas 5 deputados na ALM.
Juvenal Rodrigues