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Natal sem circo

Cada ato de irresponsabilidade de um cidadão, resulta em prejuízo na vida do próprio e dos próximos

O circo com palhaços, leões, acrobatas, mágicos, malabaristas e outras animações ficaram fora das últimas festividades.

Os reais palhaços não tiveram o palco do circo. Entretanto, passeiam palhacinhos pelo perímetro, ainda convencidos que a pandemia é uma brincadeira do chinês e que “a malta” que “se anda a esfolar” desde março nos hospitais e centros de saúde, estão em modo avião (descanso).

Por falar em chinês, veio-me à memória a alegada tortura do chinês. São realmente tempos da tortura do chinês. Não há estado de emergência, nem regras de confinamento e distanciamento que valham, se alguns mantiverem comportamentos irresponsáveis.

Os últimos relatos de profissionais de saúde em Portugal são esclarecedores do que o nosso País está a viver. Nós por cá, estamos com as desertas e as selvagens ali ao lado. O grande esforço que todas as equipas têm revelado desde março de 2020 no serviço público, tem permitido que a RAM seja ainda “um cantinho do céu”. Até quando?

É isto que está em causa. Cada ato de irresponsabilidade de um cidadão, resulta em prejuízo na vida do próprio e dos próximos.

Em tempo de pandemia basta repartirmos um pouco da importante tarefa de proteção. Se cada um pensar no seu “quadrado de proteção”, rapidamente percebe que poderá escapar à peste COVID e contribuir para o bem estar de todos. Certo ou errado?

É uma questão que deixo aos treinadores de bancada, pessoas que diariamente exercitam a sua criatividade em tentativas de perturbação do caminho que estamos a seguir, quando poderiam contribuir para a importante mobilização de todos contra a COVID.

Apetece-me falar de bola.

Dizem que o Sporting Club de Portugal terminou o ano em primeiro lugar. Para muitos, como por exemplo, os tais que se esfolam a trabalhar desde março, e para os quais quase não houve natal, nem final do ano, fica a informação.

Fica também a informação que o rei do século Cristiano Ronaldo volta a receber mais um reconhecimento de menino prodígio.

Termino com o regresso aos palhaços. Como diz um amigo meu, há dinheiro, há palhaço. Não há dinheiro, faz-se a festa sem palhaço.

Em tempo de pandemia desejamos todos ter festas com palhaços. Seria sinal de saúde e dinheiro.

Sinal que estaríamos felizes e bem dispostos para ouvir os palhaços e rir com as palhaçadas.

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