Miguel Silva Gouveia e Pedro Coelho debatem a actualidade regional na TSF-Madeira
O Debate da Semana, programa da TSF-Madeira liderado por Leonel de Freitas, voltou a juntar Miguel Silva Gouveia, presidente da Câmara Municipal do Funchal e Pedro Coelho, presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos para uma análise à actualidade.
O aumento de casos de Covid-19 abriu o debate. de hoje. Miguel Silva Gouveia fala em relaxamento das medidas preventivas, sobretudo em ambientes onde as pessoas se sentem mais seguras. Entende que o Representante da República devia harmonizar as medidas com as do continente, nomeadamente medidas restritivas proporcionais aos diferentes níveis de risco de cada concelho.
Pedro Coelho diz que era expectável o aumento de casos depois das festas de Natal e fim-do-ano e não tem dúvidas de que só vamos sair disto se formos todos mais responsáveis.
Sobre os testes aos alunos, o presidente da Câmara Municipal do Funchal alerta para o facto de os alunos mais jovens estarem assustados com a realização dos testes e diz que o Presidente do governo regional “levantou expectativas relativamente aos alunos e depois não cumpriu com o anúncio de 100.000 testes”.
Nesta matéria, Pedro Coelho considera que é “prioritária a testagem aos adultos” e seria impossível testar toda a comunidade antes do início das aulas. “Os alunos são de menor risco”, sustenta. Sobre a existência de transmissão comunitária em Câmara de Lobos, não sabe se a situação em Câmara de Lobos está controlada.
Miguel Silva Gouveia considera que há casos em que não se consegue estabelecer a ligação a outras cadeias de transmissão.
Sobre os apoios do Estado, Pedro Coelho entende que devem ser extensivos à Madeira. Já o autarca do Funchal considera que as medidas do estado não devem discriminar a Madeira, sendo necessário “negociar pelo diálogo e não pela gritaria” e garantiu que a Câmara do Funchal vai apoiar mais as empresas com diversas medidas, nomeadamente mais isenções, descontos e renegociação das rendas do Mercado dos Lavradores em função do volume de negócios.
O Centro Internacional de Negócios da Madeira foi outros dos temas debatidos. Miguel Silva Gouveia diz que é “a crónica de uma morte anunciada, desde há dois anos, com a mudança de administração”. Lamenta que nunca tenhamos conseguimos justificar a importância do CINM e responsabiliza a Madeira e quem geriu o CINM, entendendo que tal manifesta incapacidade do executivo da Madeira em negociar.
Pedro Coelho entende que Portugal nunca acarinhou o CINM e culpabiliza os governos da Republica que é quem negoceia com a União europeia. No seu entender, Lisboa deve entender a importância do CINM.