Madeira

Uma constatação, dois reparos e três agradecimentos

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Boa noite!

Uma constatação

Se com vento não dá para jogar à bola, como se viu, com chuva torrencial num lamaçal muito menos. Assim vai o futebol que para além de já não ter público nos estádios arrisca-se a perdê-lo noutras plataformas. Jogo por jogo é preferível ver meia hora de debate presidencial, sobretudo se André Ventura estiver num dos lados da barricada a tentar provar de forma incessante que um comentador do que quer que seja é Presidente em potência. Povo enganado.

Dois reparos

. O boletim epidemiológico relativo à Covid-19 é emitido cada vez mais tarde. Começou bem, às 18h. Depois foi sendo protelado e quase todos os dias surge perto das nove da noite, a pensar no telejornal. Ou até depois. Que regressem quanto antes as pregações diárias de Pedro Ramos, em directo e com direito a perguntas. Agora é que faz todo o sentido.

. Sei de quem foi hoje à testagem no Hospital Dr. Nélio Mendonça. Esteve lá quase duas horas e fez-me chegar estas imagens.

Confidencia ter estado perante um processo com “organização desastrosa”. “Primeiro não havia ninguém para informar qual é a fila onde nos deveríamos colocar. Ficamos, inicialmente, numa que não era para viajantes. Tivemos, depois de trocar, ir para uma segunda fila para recolher 4 papéis pequenos com os códigos de barras, fila onde estivemos mais de 30 minutos. Depois desta fila, segue-se uma terceira, onde estivemos todo o restante tempo à espera da colheita feita através da zaragatoa”, relata. Mais, garante que no laboratório em Lisboa onde fez o primeiro teste tudo funciona bem, sem esta forma atabalhoada de colocar possíveis infectados ao molhe durante muito tempo. Por isso, conclui: “Não se convoca uma centena de pessoas para a mesma hora, quando não se tem capacidade de resposta. Afinal é ou não é possível amontoar pessoas? Parece-me que alguém está a fomentar o que nas TVs se diz para evitar?! Quem definiu esta forma de organização nas colheitas, não sabe o que está a fazer”. Mais palavras para quê?

Três agradecimentos

. Aos que em dias de temporal e de pandemia, nas mais diversas profissões, desafiam o comodismo e correm riscos, mas estão sempre prontos para ajudar quem necessita de apoio, de carinho e de uma palavra amiga.

. Aos profissionais de saúde que nesta fase preocupante e de alguma exaustão não desistem de dar a vida pelas causas em que acreditam e pela dignidade dos que sofrem.

. Aos nossos distribuidores e em particular aos da zona Norte da ilha que têm conseguido levar o DIÁRIO a todos os assinantes. Obrigado SDIM e seus arrojados colaboradores que ainda hoje revelaram grande espírito de missão, encontrando alternativas às estradas fechadas para que a informação não falte a quem desta precisa.

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