França, Alemanha e Comissão Europeia mantêm estratégia de aquisição das vacinas
A Presidência francesa assegurou hoje que o país, a Alemanha e a União Europeia estão empenhados em continuar a estratégia conjunta de aquisição das vacinas contra a covid-19.
"Esta coordenação europeia deve abranger tanto a gestão da vacinação como os locais de produção na Europa", sublinhou fonte da Presidência francesa, citada pela agência AFP.
A mesma fonte, explicou que estas garantias foram dadas ao Presidente de França, Emmanuel Macron pela chanceler da Alemanha, Ângela Merkel, e pela Presidente da Comissão Europeia, Úrsula Von der Leyen, após contactos telefónicos.
"Sublinharam a importância e a relevância da estratégia europeia na aquisição das vacinas, que permite aos 27 [Estados membros] e à Comissão negociar um lote diversificado e seguro de vacinas, em quantidade significativa e a melhores preços", acrescenta a nota.
A estratégia do executivo da União Europeia (UE) foi recentemente contestada na Alemanha, onde foi acusada de não ter reservado doses suficientes da vacina da Pfizer-BioNTech.
A Comissão Europeia está em vias de negociar a entrega de doses adicionais desta vacina, mas argumenta que pretende maximizar as hipóteses de combater o vírus, negociando com vários laboratórios.
Em França, várias regiões têm defendido a possibilidade de comprar as próprias vacinas.
Face às críticas, os 27 países membros da UE têm assegurado os seus programas de vacinação, duplicando as suas pré-encomendas de doses Pfizer-BioNTech, enquanto aguardavam as primeiras entregas das da Moderna.
Existe, igualmente, a possibilidade da UE vir a autorizar no final de janeiro a vacina da AstraZeneca/Oxford.
Por seu lado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) defende uma maior solidariedade e apela aos países mais ricos para que terminem com os "acordos bilaterais" com as farmacêuticas e que apoiem o mecanismo Covax, implementado pela OMS para fazer chegar a vacina aos países pobres.
A França registou nas últimas 24 horas 281 mortes devido ao vírus, elevando assim o número total de óbitos em França para 67.431, segundo divulgaram hoje as autoridades francesas.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.899.936 mortos resultantes de mais de 88 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.