PCP pede explicações a Pedro Ramos sobre condicionamentos na saúde
O deputado do PCP, Ricardo Lume, entregou hoje na Assembleia Legislativa da Madeira, um pedido de Audição Parlamentar, intitulado “Sobre os novos condicionamentos ao acesso aos cuidados de saúde na Região Autónoma da Madeira”.
A ideia é ouvir as explicações de Pedro Ramos, Secretário Regional da Saúde, sobre os novos condicionamentos no acesso aos cuidados de saúde na Região, nomeadamente, identificar as causas dos novos condicionamentos ao acesso aos cuidados de saúde na Região Autónoma da Madeira; identificar quais as medidas que estão a ser tomadas para garantir a mais rápida retoma de todas as valências do Serviço Regional de Saúde e identificar quais as necessidades de recursos humanos, matérias e infraestruturais para garantir o normal funcionamento do Serviço Regional de Saúde e dar resposta ao surto epidemiológico COVID-19.
Ricardo Lume critica o facto de os problemas de saúde dos madeirenses e portossantenses que existiam antes da pandemia COVID-19 estarem a ser agravados e considera “inaceitável” a existência de “situações gritantes de injustiça” relacionadas com a “negação do direito de acesso a cuidados de saúde”.
“Não é aceitável que existam utentes do SESARAM que, desde o início da pandemia, continuam a esperar e a desesperar pela marcação de uma consulta com o seu médico de família ou por uma consulta de especialidade; não é admissível que um utente que esperou mais de um ano para ver marcada a sua consulta para o início de janeiro de 2021, veja a mesma cancelada;
não é tolerável que um utente, no dia 4 de janeiro, tenha feito um teste COVID-19 com o objectivo de ter uma consulta presencial de cardiologia para dois dias depois, quando afinal esse acto médico passou para uma teleconsulta de 2 minutos”, refere Ricardo Lume, lamentando ainda o facto de milhares de madeirenses e portossantenses estarem a ser “empurrados para o sector privado da saúde para garantir lucros a quem faz da doença um negócio”.
As pessoas devem ter conhecimento da estratégia do Governo Regional para dar resposta ao surto epidemiológico COVID-19, mas também para garantir o pleno direito constitucional à saúde.