Madeira

PS critica desorganização e contradições do Governo

No que diz respeito às escolas e à educação, Paulo Cafôfo afirma que o executivo não fez aquilo que devia ter feito

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O presidente do Partido Socialista-Madeira denuncia hoje a desorganização e as contradições do Governo Regional no que diz respeito à preparação do regresso às aulas nesta fase da pandemia.

Em conferência de imprensa, Paulo Cafôfo afirmou que, no que diz respeito às escolas e à educação, o executivo não fez aquilo que devia ter feito, nomeadamente uma previsão e uma planificação, atendendo a que já era conhecido que o número de infecções estava a aumentar.

"No final do mês de Novembro eram muitos os casos de pessoas infectadas, a partir do início de Dezembro tivemos sempre mais de 10 infecções diárias e sabíamos também que durante o Natal e a passagem de ano era natural que o número de casos aumentas", exemplificou.

Por isso, considerou que, "no final do primeiro período e na pausa lectiva, o Governo deveria ter previsto como recomeçar as aulas em condições de segurança". ^"Não o fez e aquilo que constatámos foi uma desorganização e, nas vésperas de se reiniciar o ano lectivo, não sabíamos como reagir, nem as escolas, nem os pais", constatou.

O socialista criticou também o presidente do Governo Regional por afirmar que a situação está controlada nas escolas e que os pais e encarregados de educação devem estar tranquilos, quando, na verdade, tal não acontece porque "as contradições são mais do que muitas". Tal como afirmou Paulo Cafôfo, no dia 31 de Dezembro, o chefe do Executivo disse que a comunidade escolar – num universo de 52 mil pessoas, incluindo professores, funcionários e alunos – seria toda testada, mas no dia 3 de Janeiro, aquando de uma reunião de Governo, os alunos foram excluídos desta testagem massiva.

O que é que levou a este recuar e por que é que os alunos da Região não são todos testados? Que garantias é que dá o Governo Regional para que, neste regresso, depois de serem testados alunos e professores, estejam garantidas as condições mínimas de segurança para toda a comunidade escolar?". Paulo Cafôfo

No seu entender, nesta fase complexa, é preciso "tomar as medidas corajosas, de uma forma assertiva, e comunicar de forma clara".

"Não podemos estar a esconder informação. Temos de, com toda a serenidade, dar a tranquilidade e a confiança que a população precisa. Essa confiança faz-se com um rumo certo, com uma estratégia e com uma comunicação que seja clara para todas as pessoas", concluiu. 

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