Quando o Vinho Madeira não dava para as encomendas
A 8 de Janeiro de 2001, há precisamente 20 anos, o DIÁRIO fazia manchete com a forte procura pelo 'embaixador da Madeira'
Numa época em que ainda se vendia vinho a granel para o estrangeiro, e num balanço ao que então tinha sido um dos melhores anos em quantidades (4.017.646 litros) e um recorde em vendas de quase 3,5 milhões de contos na moeda antiga (17.066 882 euros hoje) se apenas recuássemos a 1976, foi esta a manchete do DIÁRIO neste mesmo dia há duas décadas.
Nesse ano 2000 e pelos resultados já muito bons, a manchete desse dia fazia um balanço em letras garrafais "Vinho Madeira não dá para as encomendas", resumindo a notícia da página 5 do suplemento semanal de Economia, com uma longa explicação: "A produção de Vinho Madeira voltou a ter um ano em grande. No ano passado, as receitas atingiram cerca de três milhões e meio de contos, o que significa um aumento de 10 por cento de exportações."
E acrescentava: "Constantino Palma, presidente do Instituto do Vinho da Madeira, considera os resultados 'muitíssimo bons' e destaca a evolução das exportações para os mercados da Suécia, Noruega e Coreia do Sul. Dentro de dois a três anos acaba a exportação a granel. Nessa altura as receitas vão duplicar."
Ora, olhando para o presente ou melhor para um passado mais recente, o máximo que as vendas atingiram foi em 2018, com pouco mais de 19,2 milhões de euros de Vinho Madeira comercializado para os diversos mercados, o que representa um aumento de 13% face ao que ocorrera em 2000.
E, como se sabe, 2020 foi dos piores anos por causa da pandemia de covid-19, e que terá feito recuar as vendas uns 25 anos, no mínimo. Até ao 3.º trimestre (Janeiro e Setembro), as vendas ascendiam a pouco mais de 9,8 milhões de euros.
Além desta notícia, outras marcam essa edição, tais como as eleições Presidenciais de 2001 que se realizariam dentro de uma semana, a 14 de Janeiro (as de 2021 realizam-se no dia 24), ou uma avaria no catamarã 'Pátria', que muitos se recordarão por fazer as ligações entre a Madeira e o Porto Santo, ou mesmo um drama que vem acontecendo no último ano com a perda de voos charter, mas na altura do Canadá, um mercado (tal como o dos EUA) que o Turismo da Madeira procurava recuperar nos anos vindouros antes da pandemia e, por fim, o Desporto, também aqui dando destaque aos jogos das três principais equipas da Madeira (Nacional e União que tinham jogado, Marítimo que iria jogar), além de vários títulos de outras modalidades.
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