"As pessoas estão bem, só precisam de luz e água"
Presidente da Câmara de Santana actualiza informação e diz que a casa no Lombo Galego não chegou a ser atingida
A Protecção Civil de Santana e os Bombeiros Voluntários locais estiveram no Lombo Galego até às 5 horas da manhã a tentar chegar ao casal que ficou isolado na sua casa devido ao temporal, sem sucesso. Apesar de terem ficado perto, a falta de uma máquina maior não permitiu abrir caminho até à habitação, que segundo informações facultadas ao presidente da Câmara, não terá sido atingida pela derrocada. As primeiras informações davam conta de que teria sido apanhada pela queda de rocha e terra. Ao que tudo indica agora, o material ficou muito próximo da habitação, terá atingido a garagem. “Se tivéssemos uma máquina de maior porte teríamos lá chegado”, acredita o autarca, que adiantou que os trabalhos iam ser retomados às 9 horas, com a intervenção de mais duas máquinas, uma delas de maior capacidade.
“A casa não terá sido atingida, houve uma derrocada que ficou perto”, revela o presidente, que não teve oportunidade de falar directamente com o casal envolvido. Segundo nos disse, através de relatos de outros, é que o casal com medo terá deixado a casa e ficado lá por perto. Além de não ter água nem electricidade, esteve muitas horas sem contactos móveis antes de conseguir pedir ajuda aos bombeiros.
“As pessoas estão bem, só precisam de luz e água porque ficaram com o abastecimento cortado na sequência da derrocada”, adiantou Dinarte Fernandes.
A quantidade de terra e pedras impossibilitou a conclusão dos trabalhos na madrugada, iam ser retomados esta manhã. “Nós vamos com três máquinas para o terreno, a nossa prioridade é essa zona, também foi a zona mais afectada durante a noite”, disse o presidente da Câmara.
A máquina de maior porte vai trabalhar na desobstrução de um córrego na zona que ficou tapado. Uma outra deverá ir à frente para fazer a limpeza e aceder à moradia que ficou isolada.
Ontem à hora do almoço na Silveira, em Santana, tinha desmoronado uma muralha sobre uma casa, três mulheres foram desalojadas, foi o caso mais grave. É uma situação sensível, requer um trabalho cauteloso de máquina para retirar a muralha aos pedaços, partida, sem danificar mais a moradia”.
As três mulheres foram alojadas temporariamente na casa de um vizinho. “Eu não sei se vão conseguir voltar hoje”, admitiu. A câmara ia mobilizar os seus funcionários para retirar o mais possível durante o dia, a parte mais fácil. “Não sei se a máquina consegue entrar lá hoje porque é uma zona de acesso difícil, a máquina tem de criar um caminho para lá chegar”.