Itália regista 18.000 novos casos e ultrapassa o total de 77.000 mortes
A Itália registou 18.020 novos casos de covid-19 e 414 mortes nas últimas 24 horas, dados melhores do que os de quarta-feira, mas que se explicam pelo menor número de testes realizados, o que elevou a taxa de positividade.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, hoje registou-se uma taxa de 14,8% de casos positivos nos testes realizados, face aos 11,3% do dia anterior, enquanto o total de casos subiu para 2.220.361 e o de óbitos para 77.291.
O número de pessoas hospitalizadas continua a aumentar e são quase 24.000, com 2.587 em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
Nesse sentido, embora a média nacional de ocupação de camas em UCI coincida com o considerado nível de alerta, de 30%, há 11 regiões que ultrapassam esse limite, entre elas Lombardia (38%) e Véneto (37%), destacando-se o caso da província autónoma de Trento, com 50% de camas UCI ocupadas.
Ao mesmo tempo, cresce o número de regiões que ultrapassam o limite de 40% considerado como alerta nas outras secções dos hospitais e são agora nove, entre elas Piemonte e Lácio, de acordo com os dados da Agência Nacional de Serviços Regionais de Saúde.
Entretanto, a campanha de vacinação continua e Itália é o primeiro país da União Europeia em termos de vacinações por número de habitantes e o oitavo no mundo, segundo a publicação científica 'online' "Our World in Data" ("O Nosso Mundo em Dados"), com base na Universidade de Oxford.
Desde que começou a campanha, a 27 de dezembro, mais de 322.000 doses foram administradas no país, cerca de 0,55% do total.
Em termos absolutos, a Itália está em segundo lugar, apenas atrás da Alemanha que já administrou 360.000 doses.
O responsável pela gestão da crise sanitária no país, Domenico Arcuri, destacou que o objetivo é ter seis milhões de pessoas vacinadas em finais de março, 13,7 milhões em abril e quase 22 milhões em maio, para completar a vacinação voluntária em agosto.
O Governo italiano continua a endurecer as medidas para travar a propagação do vírus.
Hoje e sexta-feira existe um regime de "zona amarela reforçada", o que significa que é proibido circular entre regiões salvo casos comprovados de necessidade, mas é possível circular entre municípios.
O recolher obrigatório continua em vigor a partir das 22:00 e os bares e restaurantes podem ficar abertos até às 18:00, enquanto as lojas estão abertas até às 20:00 e também os centros comerciais.
Porém, no fim de semana as restrições endurecem em todo o país até ao chamado nível "laranja" e prevê-se que esse seja o caso durante todo o mês de janeiro, com proibição de movimento entre municípios, bares e restaurantes abertos apenas para recolha no estabelecimento ou entrega ao domicílio e os centros comerciais vão estar fechados.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.884.187 mortos resultantes de mais de 87,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 209, em Wuhan, uma cidade do centro da China.