O Reino Unido registou 1.162 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas, o valor mais alto desde 21 de abril, e mais 52.618 casos, divulgou hoje o governo britânico, que está sob pressão devido à saturação dos hospitais.

Na quarta-feira tinham sido contabilizados 1.041 mortes e 62.322 novos casos.

Desde o início da pandemia foram contabilizados 2.889.419 casos de contágio e 78.508 mortes de pessoas devido a covid-19 no Reino Unido.

O aumento do número de internamentos está a levar os hospitais britânicos ao ponto de saturação e a procurarem alternativas, revelou hoje Chris Hopson, o presidente da NHS Providers, a organização que representa os hospitais públicos.

"Isso está a aumentar muito rapidamente. Recebemos 5.000 novos pacientes com covid-19 na semana passada, o equivalente a 10 hospitais completos em apenas sete dias. Estamos a chegar a um ponto em alguns lugares onde camas hospitalares estão cheias, camas em lares estão cheias e serviços de apoio domiciliários também estão cheios", disse hoje à BBC.

Segundo o jornal Daily Telegraph, os médicos de família foram instruídos a "suspender" os serviços de rotina e dar prioridade ao programa de vacinação.

Centenas de centros de saúde começaram hoje a administrar a vacina Oxford/AstraZeneca, numa tentativa de acelerar o programa de vacinação no Reino Unido e imunizar cerca de 14 milhões de pessoas até 15 de fevereiro.

Ao contrário da vacina Pfizer, que precisa de ficar armazenada a temperaturas muito baixas, a vacina AstraZeneca pode ser guardada em frigoríficos normais existentes em qualquer estabelecimento de saúde.

Também é mais fácil de transportar, por isso é mais adequada para o uso em lares de idosos ou em pessoas que não podem sair de casa.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.884.187 mortos resultantes de mais de 87,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 7.472 pessoas dos 456.533 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.