Musicoterapia em destaque numa sessão científica do SESARAM
'As Artes na Saúde' foi o tema de uma apresentação que uniu a pedopsiquiatra Carina Freitas, Doutorada em Ciências Médicas e Neurociências pelo Instituto de Ciências Médicas da Universidade de Toronto e a musicoterapeuta Marisela Figueira Pita, que realizou o seu mestrado em musicoterapia na Universidade de Lisboa.
Na sessão científica, com base no relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) para esta temática, a pedopsiquiatra defendeu o uso das "artes na saúde" como uma forma de promoção da saúde e bem-estar, assim como no auxílio no tratamento de diversas patologias (incluindo as neurológicas), em diferentes serviços e destinadas a várias faixas etárias.
Ainda de acordo com a mesma autoridade, as artes podem ser categorizadas em cinco grupos: a literatura, as artes visuais, a cultura, as artes digitais e as artes performativas, "cinco ferramentas potencializadoras de resultados positivos em tratamentos e terapias".
Na ocasião, referiu ainda a importância da introdução da "prescrição social/cultural", uma abordagem pioneira que consiste no mapeamento de actividades e artes que existam nas áreas de residência, para posterior encaminhamento e integração do utente. A "prescrição social/cultural" é cada vez mais um complemento à "prescrição farmacêutica", complementou.
A instrumentista e musicoterapeuta apresentou o projecto de estágio “Musicoterapia na gravidez” desenvolvido na unidade de obstetrícia do SESARAM.
A musicoterapia durante a gravidez tem um papel fulcral na manutenção da homeostasia psico-corporal, no controlo da ansiedade, na componente psicológica da gravidez, assim como na promoção da vinculação materno-fetal.