Vereadores social-democratas criticam "inércia e falta de visão" da CMF
"Falta acção, faltam soluções e, também, informação, por parte do executivo, a quem foi alvo de moratórias em 2020 e que, até agora, ainda não sabe como é que vai pagar os encargos deste e do ano passado".
A crítica parte da vereadora do PSD, Joana Silva, na sequência da primeira reunião camarária de 2021 do executivo funchalense, onde constatou que “a aplicação de medidas e de programas de apoio a quem mais precisa foi relegada para segundo plano”.
Sandra Ascensão Silva , 07 Janeiro 2021 - 14:08
A social-democrata sublinha "a indefinição que persiste quanto ao que será feito com os 5 milhões de euros contratados pela autarquia para fazer face às necessidades decorrentes da covid-19".
“É inaceitável que, neste arranque de ano, se mantenha a mesma inércia e a mesma falta de responsabilidade por parte da Câmara Municipal do Funchal face ao muito que é necessário fazer a favor das nossas famílias, dos empresários e dos pequenos comerciantes deste concelho, cujas necessidades foram agravadas pela pandemia”.
Joana Silva vai mais longe ao afirmar que "não existe, neste momento, um exemplo concreto e efetivo, uma resposta ou, sequer, uma medida prevista neste âmbito” e que "todas as ajudas que venham a ser disponibilizadas já pecam por tardias, não havendo espaço para mais demoras ou adiamentos".
A social-democrata dá como exemplo as moratórias que foram aprovadas aos espaços concessionados pelo município e que, neste momento, já estão sem efeito.
“É preciso lembrar, por exemplo, que os comerciantes e as empresas que têm espaços concessionados pelo município já terão de pagar, neste mês de janeiro, a renda do mês e a moratória que ficou pendente de 2020, sabendo-se que ainda não existe capacidade financeira para que as mesmas procedam a esse mesmo pagamento”, vincou Joana Silva.
“Não é esta a resposta nem a postura que os funchalenses esperam ou precisam por parte deste executivo, especialmente nesta fase em que o apoio social e as ajudas à recuperação económica do concelho deveriam ser uma prioridade”, rematou.