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Angela Merkel "triste" e "zangada" com invasão do Capitólio

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A chanceler alemã Angela Merkel disse hoje estar "triste" e "zangada" com a invasão do Capitólio em Washington por apoiantes de Donald Trump, considerando que o presidente cessante tem uma parcela de responsabilidade.

"Lamento profundamente que o presidente Donald Trump não tenha admitido a sua derrota desde novembro e ontem [quarta-feira]", disse o chanceler alemã aos jornalistas.

Angela Merkel considera que "as dúvidas sobre o resultado da eleição foram alimentadas e criaram a atmosfera que tornou possíveis os acontecimentos de quarta-feira em Washington".

Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

Pelo menos quatro pessoas morreram na invasão do Capitólio, anunciou a polícia, que deu conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Donald Trump utilizaram substâncias químicas durante a ocupação do edifício.

Já hoje o Congresso dos Estados Unidos ratificou a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro, na última etapa antes de ser empossado em 20 de janeiro.

O vice-Presidente republicano, Mike Pence, validou o voto de 306 grandes eleitores a favor do democrata contra 232 para o Presidente cessante, Donald Trump, no final de uma sessão das duas câmaras, marcada pela invasão de apoiantes de Trump.

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.

Pouco depois, Donald Trump pediu aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.

A rede social Facebook suspendeu temporariamente, tal como já tinha feito o Twitter, a conta de Donald Trump, na sequência da violência no Capitólio.

O governo português condenou os incidentes, à semelhança da Comissão Europeia, do secretário-geral da NATO e dos governos de vários outros países.

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