Trump pede aos manifestantes para ir "para casa pacificamente"
O Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, pediu hoje aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.
"Eu sei o que estão a sentir. Mas este é o momento de irem para casa. E irem pacificamente", disse Trump, num vídeo divulgado na sua conta pessoal da rede social Twitter, horas depois de milhares de manifestantes pró-Trump terem invadido o Capitólio, obrigando à suspensão dos trabalhos de contagem de votos do Colégio Eleitoral, na sessão a que presidiu hoje no Congresso, para validar a vitória do democrata Joe Biden.
"Tivemos uma eleição que nos foi roubada. E todos o sabem. Mas agora têm de ir para casa. Nós precisamos de ter paz. Temos de ter lei e ordem. (...) Não queremos que ninguém se magoe. Nunca houve um período como este, em que a eleição nos foi tirada. A mim, a vocês, a todos. Esta foi uma eleição fraudulenta. Mas agora temos de ter paz. Por isso, vão para casa", disse Trump no vídeo de cerca de um minuto, divulgado no Twitter.
Vários congressistas já reagiram no Twitter à mensagem do Presidente, com os democratas a criticar a forma ambígua como Trump fez este apelo, dizendo para os manifestantes irem para casa, mas, ao mesmo tempo, repetindo a mensagem de que as eleições foram fraudulentas, o motivo que causou a violência no Capitólio.
Momentos antes, tinha sido o momento de o vice-Presidente cessante, Mike Pence, ter pedido o fim "imediato" da violência no Capitólio.
"A violência e a destruição que estão a ocorrer no Capitólio dos Estados Unidos devem parar e devem parar imediatamente", escreveu Pence na sua conta da rede social Twitter, pedindo aos manifestantes para que "respeitem os agentes da lei e abandonem imediatamente o edifício".
Mike Pence, que tem sido um aliado leal do Presidente cessante, desafiou as instruções que lhe tinham sido confiadas por Trump, quando este lhe pediu para não aceitar a contagem de votos do Colégio Eleitoral, na sessão a que presidiu hoje no Congresso, para validar a vitória do democrata Joe Biden.