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Mexicanos acorrem a pontos gratuitos de oxigénio na capital

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Dezenas de pessoas concentraram-se nos dois pontos criados pela Cidade do México para encher gratuitamente os tanques de oxigénio para os pacientes com covid-19 que recuperam em casa.

Este serviço, que teve início no dia 31 de dezembro, pretende dar resposta à falta de oxigénio médico na capital mexicana, que nas últimas semanas tem sido atingida por um aumento de infeções e hospitalizações devido à doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2.

O Governo da cidade instalou um ponto de recarga no município de Gustavo A. Madero, norte, e outro no município de Iztapalapa, sudeste, o mais populoso da capital.

As recargas gratuitas estarão disponíveis de segunda-feira a sexta-feira nas primeiras duas semanas de janeiro, período em que as autoridades de saúde estimam uma redução da ocupação hospitalar.

No entanto, o Governo da Cidade do México não exclui o prolongamento do período do serviço, que tem capacidade de 50 tanques por dia em cada um dos pontos de recarga,

Os hospitais da capital registam atualmente uma taxa de ocupação de 83%.

A capital mexicana soma 23% dos casos de covid-19 registados no país desde o início da pandemia, com mais de 337 mil infetados e 22 mil mortos.

O Presidente do México, Andrés Lopez Obrador, admitiu hoje que a capital está num momento difícil devido a uma "situação que ocorreu de uma forma especial", mas acredita que "está a sair".

"No caso da cidade, que se tornou bastante complicado no final do ano e nestes dias, a saturação dos hospitais não passou dos 90% porque se implementou um programa de expansão de camas, hospitais, especialistas e equipamento. Pensamos que o pior já passou", disse o chefe de Estado mexicano, citado pela agência noticiosa Efe.

O México é o quarto país do mundo com mais casos de infeções pelo SARS-CoV-2, com quase 1,45 milhões de casos e mais de 127.200 mortes.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.843.631 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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