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Argélia inicia vacinação com vacina russa Sputnik V

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A Argélia iniciou hoje a campanha de vacinação contra a covid-19 com a vacina russa Sputnik V na cidade de Blida, a sudoeste de Argel, onde foi registado o primeiro caso de infeção por SARS-CoV-2, em março de 2020.

O primeiro cidadão argelino a receber a vacina foi um reformado de 65 anos, que foi inoculado num hospital da cidade a cerca de 40 quilómetros da capital.

O país recebeu a sua primeira remessa da vacina russa na sexta-feira no aeroporto militar de Boufarik, a oeste de Argel, depois de surgirem críticas por sucessivos atrasos no arranque do processo.

Apesar de as autoridades não terem indicado quantas doses chegaram, o governo tinha anunciado a encomenda de um primeiro lote de 500.000 vacinas. Simultaneamente, estão em curso negociações para a aquisição da vacina Oxford-AstraZeneca.

"Foram tomadas todas as medidas para assegurar uma boa implantação da campanha de vacinação no território nacional", disse o ministro da Saúde argelino, Abderrahmane Benbouzid.

De acordo com os critérios de vacinação, a campanha vai dar prioridade a trabalhadores da saúde, adultos idosos e outras populações vulneráveis.

Questionado sobre o impacto do início da vacinação, o médico Omran Fatma Zahra, chefe de medicina geral do distrito Ouled Yaich, disse que a receção pública do lançamento parecia positiva.

"Há muita gente. Acabámos de vacinar cerca de 20 pessoas com doenças crónicas que estão sob observação. Portanto, está a correr muito bem", declarou.

No entanto, na Argélia cresce também a preocupação em torno do estado de saúde do Presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, que tem vindo a convalescer há mais de um mês num local não revelado na Alemanha, após sofrer os efeitos da covid-19.

Desde o início da pandemia de covid-19, o país do Norte de África já reportou mais de 106 mil casos e pelo menos 2.884 óbitos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.206.873 mortos resultantes de mais de 102 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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