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O ano 2021

Resumiria os votos para 2021 com “vacinar”, “recuperar a economia” e “voltar à dinâmica de crescimento”.

O ano de 2020 veio contrariar o enriquecimento dos últimos anos na Madeira. Temos agora como grandes desafios recuperar o muito que perdemos e voltar ao caminho do crescimento. Perdemos muito. Mais de mil milhões de euros em riqueza produzida. É muito para uma Região com as caraterísticas e com as necessidades da nossa. A recuperação da Madeira será feita principalmente pelo Turismo o que é normal tendo em conta que é a principal área económica da Região. Simultaneamente devemos continuar a apostar em políticas que beneficiam a criação de emprego para regressarmos ao pleno emprego do passado recente. Com esta dinâmica regressaremos ao caminho do crescimento económico. E que bem precisamos. Claro que a base económica deve continuar a ser o turismo mas devemos continuar a diversificar a economia em áreas de futuro e que já demonstrámos ser capazes. Aliás penso que o segredo deverá passar sempre por fazermos ainda melhor aquilo sabemos fazer bem. Seja na economia tradicional seja na digital. Devemos também continuar atentos às oportunidades que o Mar nos dá. Aproveitando os seus recursos. Apostando na excelência da investigação. A encontrar os melhores parceiros internacionais para esta aposta. A Madeira deve continuar a saber olhar para o Mapa. O Mapa do Atlântico que nos coloca numa posição privilegiada e central. Junto à Europa e a África. De frente para as Américas. No Atlântico (vizinhos das Canárias, dos Açores, de Cabo Verde, de Marrocos e da Península Ibérica). Todos mercados de proximidade e com imenso potencial. O Centro Internacional de Negócios é por excelência uma “arma” decisiva nessa dinâmica de enriquecimento da Madeira (e de Portugal). Infelizmente já percebemos que o nosso futuro estará seriamente hipotecado se dependermos da inteligência da classe política nacional ou da Estratégia Nacional para o nosso desenvolvimento. Por uma razão simples: não existe. A classe política é medíocre e não existe Estratégia Nacional. Mas sejamos claros: se o todo nacional se sente mais-ou-menos confortável a viver sem Estratégia e a não enriquecer ou a viver das esmolas do centro da Europa pois nós não. Temos a obrigação de encontrar caminhos próprios para soluções próprias. E se forem - como serão - para o enriquecimento dos madeirenses e dos portosantenses nunca serão políticas contra a nossa Nação. Pelo contrário. Penso mesmo que perante a miséria intelectual da classe política nacional que nos desgoverna seria um desafio estimulante começarmos a pensar Portugal a partir da Madeira. Sendo a Madeira o exemplo.

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