“Não batam palmas aos profissionais de saúde, dêem-lhes condições de trabalho”
“Nunca ouvi tanta gente falar na importância de ter um serviço nacional de saúde como agora”, disse a ex-ministra Ana Jorge, lembrando que quando governava esta importância não era destacada, sobretudo nos meios políticos. “Hoje percebe-se que as áreas da saúde pública são necessárias e relevantes”. Sobre a vacinação, a ex-governante considerou que é importante vacinar, mas é mais importante “não baixar a guarda”.
O secretário regional, Pedro Ramos, apontou alguns problemas no processo de vacinação, nomeadamente na compra das vacinas pelos países europeus e distribuição pelas farmacêuticas. “Se a imunidade só for atingida quando 70% da população estiver vacinada. De facto, poderá ser um problema. Vamos demorar muito tempo a atingir este valor”.
Depois, sobre os problemas sentidos pelos profissionais de saúde em Portugal, o governante madeirense disse mesmo: “Não batam palmas aos profissionais de saúde, dêem-lhes condições de trabalho”.
Uma ideia partilhada por Maria de Belém Roseira, que destacou a importância de “libertar os cuidados de saúde primários”, bem como os cuidados hospitalares, para os doentes e as doenças que realmente deles precisem. Mais meios, mais recursos e mais investimentos “não servem para nada” se não “mudarmos os modelos de prestação de cuidados”. Sobre as vacinas, considerou ser necessário "avançar para terapêuticas" para tratamento da doença.