“300 mortes por dia [são uma tragédia que] envergonha qualquer governante”
O aumento do número de mortes em Portugal por causa da Covid-19, bem como os milhares de infectados diários, obrigam as autoridades de saúde a medidas duras, mas necessárias para garantir, dentro do possível, a segurança da população. Este é o ponto central das medidas de mitigação, mas a verdade é que muitas tardaram.
“Colectivamente falhamos todos”, considerou esta manhã o ex-ministro Adalberto Fernandes, num evento on-line que é, no fundo, um pré-evento preparatório da Cimeira das Regiões de Saúde e onde participa também o secretário regional da Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos. “300 mortes por dia envergonha qualquer governante”, garantiu.
A ex-ministra Maria de Belém Roseira, na sua intervenção, explicou que em Portugal existem situações “a montante que são bem anteriores à pandemia”. Sendo óbvio que neste momento todas as situações de saúde pública são agudizadas.
A questão dos lares ilegais, por exemplo, mostram que o País não atuou quando devia na proteção da população vulnerável.