Madeira

3.3% tiveram um acidente de trabalho na Região, valor mais alto do país

Homens têm mais azares do que as mulheres

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Na Região, 3.3% da população empregada teve pelo menos um acidente de trabalho nos doze meses anteriores a responder ao Inquérito ao Emprego, sobre 'Acidentes de trabalho e Problemas de saúde relacionados com o trabalho', realizado no 2.º trimestre de 2020, da responsabilidade do Instituto Nacional de Estatística (INE), cuja inquirição na RAM está a cargo da Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM). 

Em 2020, 4,5 mil pessoas empregadas, com idade entre os 15 aos 74 anos, referiram ter tido pelo menos um acidente de trabalho no 2.º trimestre ou nos 12 meses anteriores, representando 3,3% da população empregada. A RAM, a par do Norte (também 3,3%) foram as regiões do País com o valor mais alto neste indicador, contrariamente à R.A. Açores (2,1%) e ao Algarve (2,6%). A média nacional foi de 3,2%.

Mostra também a  DREM que na Região, a percentagem de homens que assinalam a ocorrência de pelo menos um acidente de trabalho foi de 4,8% (3,3 mil pessoas).

Saúde

9,5 mil pessoas dos 15 aos 74 anos (ou seja 5,4% da população empregada) indicaram ter tido algum problema de saúde causado ou agravado pelo trabalho nos últimos 12 meses. Estes problemas de saúde afectaram 6,4% das mulheres e 4,4% dos homens. Os problemas de saúde foram mais referidos pelas pessoas que à data do inquérito estavam reformadas (9,0%) em contraste com as que estavam empregadas (4,6%).

Os problemas de saúde relacionados com o trabalho afectaram principalmente os residentes do Alentejo (7,6%) e em menor escala os residentes da RAA (5,0%) e da RAM (5,4%). A média nacional foi de 6,9%.

Entre as pessoas que referiram a existência de problemas de saúde nos últimos 12 meses causados ou agravados pelo trabalho, 72,2% referiram ter tido dois ou mais problemas.

Tendo em conta o problema de saúde mais grave causado ou agravado pelo trabalho, constata-se 47,2% da população referiu ter ocorrido no emprego atual principal e 37,5% no último emprego. Neste contexto, 50,6% da população referiu que o problema de saúde mais grave limitava consideravelmente a capacidade de realizar atividades diárias normais e 35,4% referiu que limitava em certa medida.

No 2.º trimestre de 2020, 80,4% das pessoas empregadas indicaram que estavam expostas a factores que podiam afcetar a saúde física no seu local de trabalho. No país, aquela percentagem ascendia 82,2%. Estes factores afectam mais os homens (82,2%) que as mulheres (78,7%), sendo identificados mais frequentemente os “movimentos repetitivos da mão e do braço”, as “posições cansativas ou dolorosas” e as “actividades que exijam concentração visual intensa”, referidos respectivamente por 66,8%, 56,0% e 55,0% das pessoas.

A DREM sublinha que este trimestre foi o mais afectado pelas restrições económicas consequentens do combate à pandemia da covid-19, que conduziu a resultados um pouco anómalos.

A população empregada reduziu-se em 9,1 milhares de pessoas (-7,1%) em termos homólogos, havendo igualmente um conjunto significativo de pessoas em teletrabalho (16,9%) contabilizando-se ainda um número de horas efectivamente trabalhadas historicamente baixo.

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