SARS Covid, o que falta saber
Incontornavelmente, o vírus covd-19. Muito haverá para escrever ou discutir mas, por mais voltas que se dê, é impossível fugir ao tema; a pandemia que está a abalar os alicerces do Mundo e a massacrar o frágil ser humano. Mas já que somos obrigados a falar nisto vamos tentar perceber, esclarecer e prevenir consequências futuras. Em síntese tentar perceber o que nos espera, pós pandemia, a nível de saúde e bem estar.
SARS (severe acut respiratory sindrome) foi descoberto em abril de 2003 após um surto na Ásia que causa grave doença pulmonar e respiratória. Um vírus semelhante foi descoberto em Dezembro de 2019, em Wuhan, China. Foi apelidado de coronavírus; corona dado a forma molecular e 19 pelo ano em que foi descoberto. Começam a surgir outras variantes classificadas de SARS-COV-1 e SARS-COV-2 e é exatamente essa proliferação e complexidade de estirpes que nos deve preocupar e prevenir o futuro.
As autoridades de saúde têm por obrigação estar atentes ao presente, antever e planear o futuro pois haverá, certamente, mais vida após covid e não podem ir resolvendo os problemas de improviso conforme caem no regaço. Acho que esta pandemia deveria ser dissecada e explicada por etapas:
Os testes rápidos são, sem dúvida, uma mais valia mas são muito limitados no tempo uma vez que uma pessoa pode ser testada hoje mas amanhã pode contrair o vírus e infetar outra pessoa, confiante no teste que deu negativo. Por outro lado tem havido casos em que as pessoas testam positivo no Serviço Público e testam negativo no privado. Os testes são fiáveis? Em que serviço de saúde devemos confiar?
Uma pessoa após levar a 1ª dose já se considera imunizada ou pode ainda contrair infeção até à 2ª dose? Se, eventualmente, houver rotura de stock das vacinas - já se fala nisso - terá que reiniciar a inoculação?
Após a dose completa considera-se imune ao vírus por tempo indeterminado ou, funciona como a vacina da gripe que terá de ser repetida anualmente?
Admitindo a hipótese, já aventada, de contrair o vírus após a vacinação poderá ficar imune mas ser hospedeiro e transmiti-lo a outrem?
Que acontecerá em casos de ressurgimento de nova estirpe, tal como já foi detetado na Amazónia, Brasil, Reino Unido e África do Sul? A mesma vacina serve ou terão que aperfeiçoar as atuais?
A técnica já experimentada, mas pouco divulgada, do plasma convalescente pode e deve ser aplicada nos infetados com covid-19 ou não está comprovado a sua eficácia?
Por outro lado, se não for desenvolvida uma cura, além da prevenção pela vacina, todo este esforço da ciência na prevenção, será inglório no futuro se não se conseguir remédio para eliminar o vírus. Depois de tanto esforço para a prevenção acho que vale a pena um pouco mais e apostar na cura, pois só assim poderemos viver mais descansados.
Poderá parecer prematuro colocar estas questões, tão pertinentes quanto necessárias, quando o SNS ainda não conseguiu estabilizar a fase atual, todavia é necessário estar preparado para prevenir a 4ª vaga deste horrível vírus que nos espreita em cada esquina. Altamente mutante e de propagação tão fácil entre humanos – até através dos alimentos – todo o cuidado será pouco e é tão necessário, quanto urgente, precaver o futuro. Aos cépticos aconselho refletir sobre os milhões de infetados, de mortos, de hospitalizados e expliquem qual a vantagem ou objetivo de alguém (?) inventar tamanha catástrofe.
Enfrentámos, num ano, a 1ª, 2ª e 3ª vaga deste avantesma que se prepara para aumentar a fome e a miséria entre os mais desfavorecidos. Aqueles que sobreviverem a esta pandemia terão um futuro negro para enfrentar a nível de uma sobrecarga de impostos e custo de vida porque a tão famosa “bazuka europeia” terá que ser paga.
Finalizo com três considerandos sobre as eleições presidenciais que vieram confirmar algumas preocupantes realidades; 1- os portugueses estão a jogar 46 anos de democracia no lixo votando num partido de aventureiros ditadores. 2- lamentavelmente aquelas pessoas que chegam ao ponto de alugar um cãozinho e terem um pretexto para sair, deixaram-se ficar em casa elevando a abstenção para 60,8%. 3- na Madeira, poucas dúvidas restarão que o psd-m de Albuquerque irá encostar o moribundo cds às cordas e fará uma santa aliança com o xenófobo Chega, pois pensará que lhe renderá mais uns votos para as próximas autárquicas.