Transparência
Boa noite!
As abordagens às questões pandémicas, nomeadamente no que toca a contágios, surtos e novos casos, devem ser feitas com a máxima transparência e em tempo útil, para que a informação seja rigorosa e eficaz.
Nesse capítulo o governo regional nem sempre tem sido coerente. Tanto especifica e partilha detalhes, como esconde referências e gera confusões. Estranha-se que ontem tenha admitido 48 casos que foram identificados numa Estrutura Residencial para Pessoas Idosas do sector público, omitindo o nome, quando era evidente tratar-se do lar da Bela Vista. Numa terra pequena como a nossa sabe-se tudo e o melhor é que que quem zela pela comunicação evite rodeios para que não haja espaço para a desinformação. Estamos todos na mesma luta e será sempre por precaução e não por estigmatização que se exige objectividade a quem tem o dever de ser leal com os cidadãos que serve.
Posicionamento diferente teve o presidente da Comarca da Madeira, Filipe Câmara, que não só confirmou que uma juíza do Tribunal Judicial testou positivo para a Covid-19, como anunciou ainda que, por precaução, dois funcionários judiciais estão em isolamento profiláctico. Ou a empresa José Rodrigues de Caires – Casa Santo António, uma das maiores de materiais de construção de génese regional, que se viu obrigada hoje a encerrar temporariamente várias das suas lojas por alguns dos seus trabalhadores terem sido diagnosticados com Covid-19. A decisão foi tomada “em defesa da saúde dos trabalhadores, familiares, clientes e fornecedores” porque “a vida não tem preço”, como assumiu e bem Isabel Caires, sócia gerente.
Tomara que todos pensassem da mesma forma altruísta, em nome da saúde pública, em vez de desatarem à caça tresloucada das fontes de informação.