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Costa espera que segundo mandato de Marcelo seja igual ao primeiro

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O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que espera que o segundo mandato do Presidente da República seja igual ao seu primeiro e defendeu que Marcelo Rebelo de Sousa recebeu um "voto de confiança na continuidade".

Esta expectativa foi transmitida por António Costa logo na abertura do programa "Circulatura do Quadrado" na TVI, moderado pelo jornalista Carlos Andrade, com a participação habitual da líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, do antigo dirigente do PSD Pacheco Pereira e do membro do Conselho de Estado António Lobo Xavier.

"Espero que o segundo mandato seja igual ao primeiro. Aquilo que estas eleições traduziram foi claramente um apreço generalizado e transversal à sociedade portuguesa pela forma como Marcelo Rebelo de Sousa exerceu o seu primeiro mandato", sustentou o primeiro-ministro.

António Costa considerou depois que "foi esse voto de confiança na continuidade que se traduziu no resultado eleitoral de domingo passado".

De acordo com o líder do executivo, até agora, Marcelo Rebelo de Sousa, tal como antes aconteceu com Cavaco Silva, tem mantido uma "adequada relação institucional com o Governo".

"O Presidente da República nunca deixou de ser exigente com o Governo, seja nos bons momentos, como na saída de Portugal do procedimento por défice excessivo, quer nos momentos difíceis, como nos incêndios de 2017 ou na atual pandemia de covid-19", disse.

Em relação aos resultados eleitorais das presidenciais de domingo passado, falando como secretário-geral do PS, António Costa disse o seguinte: "Dos socialistas que conheço, todos tiveram um motivo para festejar", apontou, referindo-se aos que votaram em Marcelo Rebelo de Sousa, Ana Gomes ou João Ferreira.

"Festejaram os socialistas que votaram em Marcelo Rebelo de Sousa, porque ganhou as eleições; os que votaram em Ana Gomes porque sim, porque teve o segundo melhor resultado; também os que votaram em Ana Gomes porque não queriam André Ventura em segundo lugar; e ainda os que votaram em João Ferreira para assegurar o fortalecimento do PCP, que tem contribuído para a viabilidade de um Governo à esquerda em Portugal", observou.

Neste ponto, António Costa disse que "houve muita gente que apoia o Governo que votou no candidato vencedor e há também seguramente outras pessoas que apoiam o Governo e que votaram em Ana Gomes ou em João Ferreira".

"Mas duvido que haja alguém que apoie o Governo e que tenha votado em André Ventura", completou.

"Em relação aos resultados alcançados pelo líder do Chega, André Ventura, que ficou em terceiro nas presidenciais, António Costa defendeu que têm "causas várias, uma delas em consequência da excessiva centralidade que lhe foi atribuída".

Sobre eleições presidenciais, só mesmo na parte final António Costa falou na candidatura da eurodeputada do Bloco de Esquerda Marisa Matias, que ficou em quinto lugar e perdeu cerca de 300 mil votos em relação ao ato eleitoral de 2016.

"Dos partidos que têm estado na base de apoio ao atual Governo, se houve alguém que teve claramente uma penalização em relação há cinco anos foi Marisa Matias, que passou de 10% para um resultado claramente inferior. Se isso tem alguma relação com aquilo que tem sido a última postura do Bloco de Esquerda, isso não sei dizer e os comentadores políticos poderão dizer melhor do que eu. Mas eu diria que deve ter alguma relação", acrescentou, numa alusão ao facto de os bloquistas terem votado contra a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2021.

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