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Irlanda prolonga terceiro confinamento e impõe quarentena obrigatória

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A Irlanda vai prolongar até 05 de março o confinamento em vigor, o terceiro, e adotar a quarentena obrigatória para quem entra no país, de forma a combater a pandemia de covid-19, anunciou hoje o primeiro-ministro, Micheál Martin.

"O governo decidiu prolongar todas as restrições atuais até 05 de março para reduzir o número de pessoas infetadas com a doença. A mensagem para as pessoas nas próximas seis semanas é muito simples: fiquem em casa, não viajem", afirmou Martin.

Lojas não essenciais, bares, restaurantes e escolas terão de permanecer encerrados, ampliando as medidas tomadas no início de janeiro num país que já contabilizou 2.997 mortes pela covid-19, numa população de cinco milhões de habitantes.

Entretanto, salvo "algumas exceções", "qualquer pessoa que entre [na Irlanda] vinda do exterior vai estar sujeita à quarentena obrigatória", segundo o vice-primeiro-ministro, Leo Varadkar.

Na maioria dos casos, os recém-chegados podem ficar em quarentena em casa, mas que "pela primeira vez será obrigatório e deixa de ser indicativo", explicou.

Todos os viajantes do Brasil e da África do Sul, por outro lado, vão ter de passar uma quarentena obrigatória em "instalações designadas", segundo o primeiro-ministro.

Viajantes de outros países que não tiverem um teste negativo em 72 horas vão precisar também de ser submetidos a quarentena em hotéis designados.

Viagens de curta duração, que não exijam visto, da África do Sul ou da América do Sul vão também ser proibidas "pelo menos" até 05 de março, prosseguiu Martin.

Pela primeira vez, estas novas restrições vão ser aplicadas a todos os portos e aeroportos da ilha da Irlanda -- incluindo os da província britânica da Irlanda do Norte.

A polícia vai fortalecer os postes de controlo perto de portos e aeroportos para fazer cumprir o atual limite de cinco quilómetros para viagens não essenciais.

Depois de passar pelas duas primeiras vagas da pandemia com baixos números de casos e mortes, a Irlanda atingiu recentemente uma das maiores taxa de infeções por milhão de habitante do mundo, segundo dados da Universidade de Oxford.

"Ainda temos um número muito alto de pessoas nos nossos hospitais e em cuidados intensivos, demasiado elevado", vincou Martin.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.140.687 mortos resultantes de mais de 99,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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