Pesagem de camiões gera críticas de transportadores
Frequência e forma de actuação na origem do descontentamento
Depois de um longo interregno na pesagem de camiões, durante boa parte da pandemia por Covid-19 na Madeira, nas últimas semanas, a acção da PSP voltou em força.
Sem contestar a necessidade de fiscalização, várias empresas, que realizam transportes de mercadorias, que ouvimos, queixam-se da falta de tolerâncias das forças policiais, da frequência com que os camiões são ‘levados às balanças’ e forma como a PSP actua.
Hoje, por exemplo, houve pesagem de camiões na Quinta Grande. Uma das queixas ouvidas foi que a PSP se fez deslocar em viaturas descaracterizadas, no que as transportadoras e os seus profissionais consideram uma actuação incorrecta.
De facto, quando a PSP inicia uma acção de pesagem, rapidamente a palavra passa entre empresas e camionistas e, rapidamente, a pesagem perde eficácia. Pois, toda a actividade pára até terminar a acção. Com viaturas não-caracterizadas, a PSP tende a apanhar mais viaturas com excesso de peso.
Quando falam em intolerância, referem-se a centenas ou, por vezes, dezenas de quilogramas a mais, que implicam multas de 500 euros para cima, muitas ultrapassando os mil euros.
Sem contestar a necessidade de actuação policial, lembram que, em altura de pandemia, o rendimento é cada vez mais escasso e que a actuação da PSP, nos moldes que tem acontecido, ainda dificulta mais a obtenção de rendimento.
Quem anda na estrada e as rspectivas empresas fica com a sensação da existência de uma espécie de concorrência entre várias esquadras para ver quem mais multas passa. Uma leitura que consideram não ser invalidada pelo facto de as actuações estarem delimitadas territorialmente.