Bandas e associações filarmónicas da Madeira com quebra "muito significativa"
As bandas e associações filarmónicas da Região Autónoma da Madeira tiveram uma quebra "muito significativa" em 2020 devido à pandemia e ao cancelamento dos espectáculos", diz Ana Baptista, presidente da direcção da ABFRAM, através de um comunicado de imprensa.
"Este facto traduziu-se numa quebra muito significativa na receita anual das bandas e/ou associações filarmónicas da RAM, agudizando ainda mais os encargos mensais que cada uma tem. Terminámos 2020 com uma nova suspensão geral de todas as actividades filarmónicas e assim continuamos até uma nova ordem", refere.
Apesar de 2021 ser um ano de esperança, devido à vacina, diz que, mesmo assim, é impossível não haver desmotivação por parte daqueles que estão ligados às filarmónicas.
"O caminho percorrido não tem sido nada fácil, os presidentes tudo têm feito para manter em actividade as associações e as bandas que representam, os maestros e regentes de banda deparam-se todos os dias com executantes músicos desmotivados, os professores das escolas de música de muitas bandas têm se adaptado à realidade, na medida em que algumas tiveram mesmo que suspender as suas aulas e outras adaptaram-se e optaram por dar aulas on-line. Esta foi a solução encontrada para que muitos dos alunos aprendizes não perdessem, de certa forma, o seu vínculo a estas instituições", afirma.
No entanto, destaca as linhas de apoio que foram criadas para apoiar a cultura.
"Com toda a actividade filarmónica parada e suspensa, muito nos tem valido os possíveis apoios governamentais conseguidos graças às candidaturas feitas, no âmbito das linhas de apoio criadas pelas câmaras e promovidas pela Secretaria Regional do Turismo e Cultura a quem endereçamos um enorme agradecimento, sobretudo ao senhor presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e ao senhor secretário [regional da Cultura] Eduardo Jesus que em muito tem apoiado a cultura filarmónica na RAM", sublinha.