EUA restabelece proibição de voos da União Europeia, Brasil e Reino Unido
O Presidente dos Estados Unidos restabelece hoje a proibição da entrada no país de pessoas procedentes da União Europeia, Reino Unido e Brasil e inclui a África do Sul, para conter a pandemia de covid-19, informou a imprensa.
A televisão CNN e a publicação Político, que citam fontes da Casa Branca, disseram que a decisão de Joe Biden inverte a medida anunciada em 18 de janeiro pelo então Presidente Donald Trump.
As restrições deveriam ser levantadas a partir de terça-feira.
A proibição de passageiros provenientes da União Europeia e do Reino Unido foi imposta por Donald Trump em março e a do Brasil em maio.
Em 18 de janeiro, dois dias antes de deixar a Casa Branca, Donald Trump decidiu manter em vigor apenas as restrições de viagem a passageiros procedentes da China e do Irão.
Quando a ordem de Donald Trump foi conhecida, a atual porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse na sua conta na rede social Twitter que, com o agravamento da pandemia e o surgimento de variantes mais contagiosas em todo o mundo, "este não é o melhor momento para levantar restrições a viagens internacionais".
"A administração não pretende levantar estas restrições em 26 de janeiro", antecipou a atual porta-voz.
Além disso, os Estados Unidos exigirão a partir de terça-feira um teste covid-19 negativo para todos os passageiros aéreos antes de voarem para o país, incluindo os norte-americanos.
A medida, anunciada pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) em 12 de janeiro, também estabelece a recomendação de submissão a um novo teste três a cinco dias após a chegada ao país e permanecer em quarentena em casa durante sete dias após a viagem.
O epidemiologista chefe dos Estados Unidos, Anthony Fauci, disse hoje que, após os dados divulgados pelo governo britânico, se deveria presumir que a variante britânica pode "causar mais danos, incluindo a morte", e observou que a vacina continua a ser eficaz mesmo contra a variante sul-africana.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.121.070 mortos resultantes de mais de 98,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos e também com mais casos de infeção confirmados.
Os últimos dados indicavam 3.519 mortes e 176.581 infetados de sábado para domingo, com o país a contabilizar 24.982.615 casos e 417.337 óbitos por covid-19 desde o início da pandemia.