UE apela a Putin para que "liberte rapidamente" o opositor russo
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, apelou hoje, num telefonema com o Presidente russo, Vladimir Putin, à "rápida libertação" do opositor político Alexey Navalny, detido no domingo, em Moscovo.
Segundo um comunicado do Conselho, no telefonema com Putin, Charles Michel declarou que a União Europeia (UE) "está unida no seu apelo à Rússia para que liberte rapidamente" Alexei Navalny.
A UE apela ainda a Moscovo para que investigue "a tentativa de assassínio" do opositor político por envenenamento "em total transparência e sem mais demoras".
Charles Michel informou o Putin da "grave preocupação na UE e nos seus Estados-membros com os recentes desenvolvimentos e apelou ao respeito total e incondicional dos direitos de Alexey Navalny".
O Presidente do Conselho Europeu deu ainda conta da sua intenção de convocar um debate estratégico no Conselho Europeu de março sobre as relações UE-Rússia.
Na quinta-feira, O Parlamento Europeu (PE) aprovou uma resolução em que pede um "reforço significativo" das sanções contra a Rússia, que inclua o "círculo íntimo" do Presidente Vladimir Putin, em resposta à detenção de Navalny.
Os eurodeputados defenderam ainda que, além das sanções aos responsáveis pelo envenenamento do opositor russo a UE deve adotar medidas contra "os indivíduos e as entidades legais" ligados à sua detenção.
Os serviços prisionais russos (FSIN) detiveram no domingo o opositor Alexei Navalny à chegada a Moscovo, acusando-o de ter violado os termos de uma pena de prisão suspensa a que foi condenado em 2014.
O líder da oposição regressou à Rússia depois de quase cinco meses de tratamento médico na Alemanha, após ter sido envenenado com uma substância tóxica de uso militar, ato que, segundo o ativista, foi ordenado pelo Presidente russo, Vladimir Putin.
Laboratórios na Alemanha, França e Suécia, assim como a Organização para a Proibição de Armas Químicas demonstraram que esteve exposto a um agente neurotóxico, do tipo Novichok, da era soviética.
As autoridades russas têm rejeitado todas as acusações de envolvimento no envenenamento.