Colômbia ultrapassa as 50 mil mortes e ainda espera arranque da vacinação
A Colômbia ultrapassou na quinta-feira as 50 mil mortes por covid-19, que já infetou quase dois milhões de pessoas naquele país sul-americano onde ainda não arrancou a campanha de vacinação.
No total, a Colômbia regista 50.187 mortes e 1.972.345 casos e atravessa agora a segunda vaga da pandemia o que está a originar uma sobrecarga nos hospitais das regiões mais afetadas.
Na quinta-feira, foram reportados 15.366 novos casos, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, noticia a agência EFE.
O pico de mortes já em 2021 aconteceu na terça-feira, com um total de 398, um número que apenas tinha sido superado em 22 de agosto desde o início da pandemia.
Segundo relatou à EFE a vice-presidente da Federação Médica Colombiana, Carolina Corcho, "a Colômbia começou a pandemia com uma quarentena total destinada a fortalecer o sistema de saúde (...), mas que foi rapidamente suspensa sem planeamento".
O Governo impôs um confinamento geral em 25 de março, que durou cinco meses, mas perante a deterioração económica foram criadas exceções para determinados setores da atividade e acabou suspender essas restrições a 01 de setembro.
No entanto, eventos públicos continuam a ser proibidos e o uso de máscara é obrigatório.
O aumento do número de infeções faz com que o país exija rapidamente o arranque da vacinação, que segundo o ministro da Saúde, Fernando Ruiz, terá início na primeira semana de fevereiro.
"A Colômbia foi escolhida pela Covax (Fundo de acesso para vacinas contra a covid-19) como um dos 14 países da América que vão receber as vacinas da Pfizer em fevereiro, devido ao processo de ultracongelamento que criamos", destacou
Mas as críticas ao presidente colombiano, Iván Duque, surgem de vários setores da sociedade, por este não ter conseguido enfrentar a pandemia com as medidas mais adequadas e porque a vacinação ainda não começou, ao contrário de outros países daquela região do globo como Chile, Costa Rica, México, Argentina e a partir de quinta-feira o Equador.
O país tem acordos com a Covax para a compra de 20 milhões de doses para imunizar 10 milhões de pessoas.
A Colômbia espera vacinar 35,7 milhões de colombianos que, segundo estimativas, devem promover uma imunidade de grupo.
Estão já garantidas doses, pelo presidente colombiano, para 29 milhões de pessoas.
Além da Covax, o país sul-americano tem acordos para comprar 10 milhões de doses à Pfizer (para cinco milhões de pessoas), 10 milhões de doses à AstraZeneca (para outros cinco milhões de pessoas) e ainda nove milhões com a Janssen, para o mesmo número de cidadãos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.