Eleições Autárquicas Madeira

Vantagem da 'Confiança' é reconhecimento do trabalho

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Foto Arquivo

“É sempre positivo quando o trabalho é reconhecido, que é o que a sondagem aparentemente indica”, reagiu o actual presidente da Câmara Municipal do Funchal e candidato às próximas eleições autárquicas á sondagem publicada hoje no DIÁRIO. Mas sondagens são sondagens, começa por frisar, relativizando o levantamento da Eurosondagem que dá uma vitória magra à coligação 'Confiança' sobre uma eventual candidatura conjunta entre o PSD e o CDS/PP; e uma vitória mais folgada de Miguel Silva Gouveia sobre quatro possíveis candidatos a apresentar pelos social-democratas. A ‘Confiança’ surge à frente do PSD+CDS/PP com 36,9% dos resultados face a 35,5%; e o actual presidente da CMF à frente de Eduardo Jesus – 47,3% versus 42,7%; de José Prada, 47,9% versus 40,8%; de Pedro Calado, de quem se distancia 8% ao conseguir 48,5%; e de Pedro Fino, face a quem tem o melhor resultado: 50,2% face a 38,9%.

Curta vantagem dá ‘Confiança’ ao Funchal

Estes são os destaques da edição impressa desta sexta-feira

Andreia Dias Ferro , 22 Janeiro 2021 - 07:00

A proximidade dos resultados entre as duas coligações, se assusta alguém, diz Miguel Silva Gouveia, “com certeza não será a mim”. E recorda que da última vez que as autárquicas foram abordadas pelo DIÁRIO, a coligação de direita estava à frente da 'Confiança'. “Independentemente do resultado, [a sondagem] não vai desviar um milímetro o trabalho, a planificação do trabalho que temos pela frente”, garantiu, deixando claro que a sua estratégia passa por uma política de proximidade com os funchalenses. Para o autarca, as sondagens são indicadores num processo de trabalho e não promovem mudanças aos planos já delineados.

Quanto aos candidatos do PSD submetidos à sondagem, nomes já falados para uma possível candidatura, diz que é indiferente quem venha a concorrer. “O candidato que venha a ser escolhido por uma coligação de direita não influirá na forma como eu tenho vindo a trabalhar. O trabalho tem de ser feito é para as populações, não é em função de quem venha às eleições”.

Segundo Miguel Silva Gouveia, a decisão será essencialmente entre a política actual e um regresso ao passado. E estes números dizem ao presidente da Câmara que o Funchal tem trilado “um rumo de sucesso na sua governação”, apesar das dificuldades.

A bipolarização entre as duas coligações era esperada, à semelhança do que vem acontecendo um pouco por todo o mundo, analisou. Não credita que fira a democracia, na medida em que se mantêm as matrizes partidárias distintas dentro das coligações. “A importância desta eleição vai ser precisamente que não está em jogo o partido A, B ou C, estão duas visões diferentes para a cidade: um projecto que tem um plano de futuro e que tem sido aquele que temos vindo a trilhar; e um que é um regresso ao passado”.

Miguel Silva Gouveia garante que há já um compromisso para uma coligação. “É assumido que existirá uma coligação ‘Confiança’. A configuração é que pode sofrer algumas alterações. Mas ser coligação é com certeza um dado adquirido”.

O facto de o PSD ainda não ter escolhido o candidato ao Funchal não é uma preocupação para Silva Gouveia. Acredita que os social-democratas estão neste momento a tentar perceber quais são as suas melhores hipóteses para o Funchal, sem fragilizar os sítios onde o partido já é poder. “Se formos a analisar com os candidatos ali testados, não sei se é uma escolha do PSD ou de quem fez a sondagem, mas são todos eles candidatos que têm funções executivas, o que significa que vai abrir brechas no executivo regional, ou noutro sítio”. A escolha de Eduardo Jesus, José Prada, Pedro Calado ou Pedro Fino demonstra que o PSD “não encontra quadros dentro dos seus militantes, que não estão a exercer quadros executivos, para vir a um desafio no Funchal”, concluiu.

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