Restos fósseis na Agentina podem ser do maior dinosssauro alguma vez descoberto
O esqueleto não está completo, mas os primeiros elementos analisados deixam adivinhar que os restos fósseis descobertos em 2012 no sudoeste da Argentina são os do maior dinossauro alguma vez descoberto, segundo um estudo publicado na quarta-feira.
"O que foi encontrado até agora são as 24 primeiras vértebras da cauda, elementos da cintura pélvica, da cintura peitoral", declarou Alejandro Otero, autor principal da primeira comunicação sobre o titanossauro, um grupo de dinossauros com um pescoço longo com representantes em todos os continentes, publicado na revista científica Cretaceous Research.
Otero acrescentou que os ossos compridos, como o fémur ou o úmero, que são utilizados tradicionalmente para fazer estimativas precisas da massa corporal, ainda não tinham sido extraídos da rocha.
Mas segundo as primeiras análises, os ossos deste saurópode de 98 milhões de anos, do Cretáceo superior, seriam "10% a 20% maiores" que os do 'Patagotitan mayorum', o "Titan da Patagónia", o maior dinossauro conhecido até hoje, detalhou o investigador na Divisão de Paleontologia dos Vertebrados no Museu de La Plata, no sul, em relatório publicado pela Universidade Nacional de La Matanza.
Descoberto em 2017, também na Argentina, o 'Patagotitan mayorum' pesava cerca de 70 toneladas, equivalente a 10 elefantes de África, media cerca de 40 metros e tinha um pescoço muito comprido.
O espécimen foi localizado quase por acaso em 2012, nomeio do vale do rio Neuquén, o curso de água mais importante da Patagónia, mas os trabalhos de escavação só começaram em 2015.