Marisa
Voto na Marisa Matias porque representa a visão que defendo para o nosso País e que não é assumida por nenhuma outra candidatura. Uma visão de uma sociedade mais justa e equilibrada com respeito pelas opções de cada um e pela dignidade do outro, mas com exigência de solidariedade para com o coletivo e de rigor e de transparência na gestão do que é de todos. Uma sociedade onde todos tenham acesso ao trabalho, à habitação à saúde e à educação e onde não seja permitido que a ganância de alguns condene à pobreza grande parte da população.
Voto na Marisa porque é uma mulher corajosa e verdadeira, que faz despertar o melhor que há em nós – a empatia, a solidariedade, a esperança na humanidade. Se não tivéssemos a candidatura da Marisa, muitos eleitores, como eu, não teriam em quem votar, não se sentiriam representados.
A visão e as ideias que a Marisa defende e sempre defendeu durante a sua vida pública são muito importantes, não são descartáveis e portanto não posso abdicar do meu voto na Marisa, muito menos por causa da fanfarronice de um outro candidato, isso era o que faltava. E os votos que a Marisa receberá no domingo não são dela, são de cada um de nós e não são transferíveis para outra candidatura. A lógica do voto útil nestas eleições não fazem nenhum sentido, até porque a reeleição do atual presidente à primeira é quase certa.
Menos candidaturas significa menos escolhas. Menos uma candidatura com ideias e empatia junto das pessoas, como é a da Marisa, significa deixar mais espaço disponível para ser ocupado pelo insulto e pela baixa política. Um menor número de candidaturas à esquerda não concorre para baixar a votação na extrema-direita, pelo contrário pode fazer aumentar a sua percentagem, se os votantes à esquerda se abstiverem. Derrotar a extrema-direita é contribuir para que a sua expressão eleitoral em percentagem seja a menor e, portanto, é mobilizar as gentes de esquerda para votar em quem se sintam representadas.
Há sempre quem, afirmando ser de Esquerda, defenda a sua desistência ou a moderação, em nome dum “mal menor” que varia em cada ocasião. Ora a desistência nunca poderá conduzir à derrota do adversário, a luta sim. Quanto à moderação, só contribui para consolidar a hegemonia ideológica do campo adversário.