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Novo balanço do atentado de Bagdad indica 28 mortos e 73 feridos graves

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Foto Reuters

O duplo atentando suicida em Bagdade fez pelo menos 28 mortos e 73 feridos de acordo com o novo balanço oficial provisório das autoridades iraquianas.

O ataque teve como alvo a zona comercial de Bab al-Sharqi, no centro de Bagdad, num contexto de tensões políticas sobre o processo eleitoral no país que enfrenta uma grave crise económica.

Até ao momento o ataque não foi reivindicado mas fontes militares iraquianas admitem tratar-se de uma ação do grupo extremista Estado Islâmico.

Segundo o Exército, pelo menos 28 pessoas morreram e 73 pessoas ficaram feridas, a maior parte em estado considerado muito grave.

Médicos e agentes da polícia referem que o número de vítimas mortais pode aumentar significativamente porque muitas das vítimas transportadas para os hospitais apresentam sérios ferimentos.

O Ministério da Saúde anunciou, entretanto, que os hospitais da capital estão mobilizados para receber os feridos.

O major-general Tashin al-Khafaji, porta-voz do Comando de Operações Conjunto, que inclui as forças iraquianas, disse que o primeiro atacante começou a dizer aos gritos que se encontrava mal de saúde fazendo com que as pessoas se juntassem à volta dele e nesse momento fez espoletar o engenho explosivo que transportava.

O segundo atacante fez-se explodir pouco depois.

"Isto é um ato terrorista levado a cabo por uma 'célula adormecida' do Estado Islâmico", disse al-Khafaji.

O militar acrescentou que "o Estado Islâmico quer provar que existe" apesar de ter sofrido vários ataques durante as últimas operações militares do Exército iraquiano.

De acordo com a Associated Press, há manchas de sangue no chão do mercado, pilhas de roupa e artigos que se encontravam à venda amontoados e que estão a ser retirados do local pelos sobreviventes das duas explosões.

Trata-se do primeiro grande atentado no mesmo local nos últimos três anos.

Em 2018, a mesma zona da cidade foi alvo de um ataque extremista logo após o primeiro-ministro Haidar al-Abadi ter declarado vitória na campanha contra o Estado Islâmico, em 2018.

Nos últimos tempos têm ocorrido vários ataques do Estado Islâmico e de outros grupos armados no Iraque.

Milícias armadas são responsáveis por vários ataques contra a presença norte-americana no Iraque, apesar de tréguas alcançadas no passado mês de outubro.

A segurança da embaixada dos Estados Unidos situada na "Zona Verde" (Área de Segurança) em Bagdad foi fortemente reforçada.

O tipo de atentado ocorrido hoje na capital do Iraque é semelhante a ataques anteriores do Estado Islâmico desde o início da campanha contra o grupo extremista dirigida pelas forças iraquianas e pela coligação liderada pelos Estados Unidos.

O atentado de hoje acontece poucos dias depois de o governo iraquiano ter decretado o adiamento das eleições gerais para o próximo mês de outubro e que foram marcadas após manifestações de protesto contra a corrupção dos políticos e por melhorias dos serviços públicos.

O Iraque enfrenta uma grave situação económica agravada pela queda do preço do petróleo e que está a levar o país a esgotar a reserva de divisas.

O Banco Central do Iraque desvalorizou o dinar em 20% no ano passado para fazer face ao pagamento de obrigações financeiras.

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