Coronavírus Madeira

"Mais vale fechar tudo"

Dono do Number 2 - É Prá Poncha diz que mais do que o sentar que deverá ser decidido hoje, é o novo horário que está a matar o negócio

None
Foto DR

“Mais vale fechar tudo”, declara Elmano Reis, o proprietário dos bares Number 2 - É Prá Poncha em Câmara de Lobos e no Funchal, não devido às medidas que deverão ser hoje apertadas em relação aos bares por parte do Governo Regional para evitar aglomerados de pessoas nos espaços, sobretudo de venda de poncha, mas porque o horário actual mata a actividade. O empresário diz que quanto à proibição de beber de pé, no seu caso não representa qualquer entrave, pois tem cadeiras para sentar os clientes que nesta fase frequentam os seus negócios.

Da reunião desta tarde na Quinta Vigia deverá sair a resolução de limitar a venda de bebidas alcoólicas nos bares apenas à capacidade dos clientes beberem sentados, uma forma de combater uma situação que se tem verificado na Madeira de concentração de pessoas às portas dos espaços de venda de poncha, problema que se tem verificado sobretudo fora do Funchal. Em Câmara de Lobos, segundo o empresário, não tem acontecido. Ali e no Funchal a grande problema é a falta de clientes.

“Eu vejo isto complicado, não sei se as empresas vão aguentar”, declara. As pessoas estão habituadas a movimentar-se, mas sobretudo não estão habituadas a beber tão cedo. “Não vou abrir às 7 horas da manhã porque as pessoas não vêm beber às 7h nem às 8h da manhã. Mesmo que sejam sandes, o que não falta são pastelarias para fazer sandes”, argumenta Elmano Reis, não escondendo a frustração.

Os bares Number 2 - É Prá Poncha têm mesas e cadeiras e movimento reduzido que dá para sentar. Nesse aspecto não será mais prejudicado. “Mas mesmo assim não se aguenta, isto está péssimo”, desabafou. “Eu tenho lugares suficientes para sentar, seja no andar de cima, na esplanada ou dentro do bar. O problema e que não há pessoas para consumir”.

Na sua opinião, para controlar a pandemia era necessário fechar tudo, como aconteceu no ano passado. “Mais valia fechar um mês, para depois se isto der resultado, as pessoas poderem trabalhar. Porque isto assim vai ser um caos”, antevê.

Fechar Menu